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Endividamento de produtores rurais do RS chega a R$ 72,8 bilhões, aponta Farsul

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • há 9 horas
  • 2 min de leitura

Nota técnica mostra que inadimplência se concentra nos grandes produtores e que R$ 27,7 bilhões vencem ainda em 2025

O estoque total das dívidas dos produtores rurais do Rio Grande do Sul atingiu R$ 72,82 bilhões em março de 2025, segundo a Nota Técnica divulgada nesta segunda-feira (5) pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul). O estudo, com base em dados fornecidos por instituições financeiras, apresenta o retrato da inadimplência e do volume de contratos com vencimento a curto prazo, evidenciando um cenário de alerta para o setor.

“O total já vencido e não pago é de R$ 1,26 bilhão, o que consideramos um valor muito alto para esta época do ano”, alerta o documento.

Dívidas vencidas preocupam e podem aumentar nos próximos meses

O relatório aponta que, do total da dívida, R$ 1,26 bilhão já está vencido e não foi quitado. A inadimplência média geral é de 1,7%, mas o índice varia significativamente conforme o perfil do produtor. Nos contratos renegociados, a taxa é de 3,1%, enquanto nas dívidas ainda não renegociadas, fica em 1,1%.

Os maiores volumes de inadimplência estão concentrados entre os chamados "demais produtores" (de grande porte), que respondem por 79% do valor vencido nas dívidas renegociadas, com índice de inadimplência de 4,5%. Entre os produtores familiares (Pronaf), a taxa é de 0,8%.

Custeio lidera o volume de vencimentos e inadimplência

Quando analisadas por finalidade de crédito, as dívidas se dividem quase igualmente entre custeio (R$ 36,75 bilhões) e investimentos (R$ 36,07 bilhões). No entanto, a inadimplência é mais elevada nas operações de custeio, especialmente entre as dívidas renegociadas, que atingem 4,9% de inadimplência — contra 1,2% nas voltadas a investimentos.

Para 2025, o montante total com vencimento previsto é de R$ 27,72 bilhões, dos quais R$ 22,32 bilhões referem-se a operações de custeio, pressionando ainda mais a liquidez dos produtores nos próximos meses.

“Essa concentração de vencimentos no curto prazo representa um ponto de pressão relevante sobre a liquidez e o equilíbrio financeiro dos produtores”, aponta a Farsul.

Farsul defende medidas de securitização da dívida rural

O documento da entidade sugere que medidas especiais devem ser adotadas, sobretudo para os produtores já inadimplentes ou próximos de inadimplência. A proposta inclui a securitização de dívidas — ou seja, a consolidação de diversos contratos em uma única operação de longo prazo.

A Farsul ressalta que, apesar de uma parte dos produtores ter colheita suficiente para honrar os compromissos, uma parcela significativa segue exposta a dificuldades de pagamento em razão da quebra de safra e dos altos custos de produção.

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