Alimentação escolar em Getúlio Vargas foca em inclusão e produtos da agricultura familiar
- Andrei Nardi

- 15 de jul.
- 2 min de leitura
Programa liderado por nutricionistas adapta cardápios para crianças com seletividade alimentar e utiliza 80% de ingredientes locais
A política de alimentação escolar da rede municipal de Getúlio Vargas vai além da simples refeição, com um trabalho focado em saúde, educação e inclusão. O planejamento e acompanhamento nas sete escolas da rede são realizados pela equipe técnica formada pela nutricionista responsável, Tainara Caverzan, pela nutricionista Fernanda Betoni Gempka e pela professora Rosimeri Krasuski Sandri.
"Falar sobre alimentação saudável é essencial. É algo que está presente no nosso dia a dia e que influencia diretamente no comportamento, no aprendizado e na saúde das crianças", afirma Tainara Caverzan.
Cardápios com produtos locais
A alimentação é elaborada conforme as necessidades de cada faixa etária, com cerca de 80% dos ingredientes provenientes da agricultura familiar. A medida garante refeições mais naturais e livres de ultraprocessados. "Tudo que é caseiro é mais saudável. Por isso valorizamos alimentos produzidos localmente e preparados com carinho nas escolas", destaca a nutricionista. Para garantir a transparência, os cardápios e fotos das refeições são publicados no site da alimentação escolar do município.
Inclusão para alunos com seletividade alimentar
Um dos destaques do programa é o projeto de inclusão para alunos com intolerâncias, alergias e seletividade alimentar, com atenção especial a crianças autistas ou com transtornos alimentares. A equipe identifica as necessidades individuais por meio de um questionário enviado às famílias e adapta os cardápios, respeitando as orientações médicas.
"Não se trata de birra. Seletividade alimentar é uma condição real e crescente. Por isso, desenvolvemos um projeto conjunto, para incluir esses alunos sem excluí-los do momento da refeição", explica Tainara. A iniciativa também envolve reuniões com pais, professores e monitores para orientar sobre como ampliar gradualmente a aceitação de novos alimentos.
O papel da família no combate à obesidade
A equipe também alerta para o avanço da obesidade infantil e o papel das famílias na formação de hábitos. Segundo a nutricionista Tainara Caverzan, o excesso de alimentos industrializados altera o paladar infantil, gerando rejeição a comidas naturais. Ela reforça que o papel dos pais é fundamental: "Comer junto, cozinhar mais e oferecer frutas, legumes e comida de panela ajuda a criar bons hábitos desde cedo".










