Psicóloga explica causas e efeitos da síndrome do domingo à noite
- Andrei Nardi
- 15 de abr.
- 2 min de leitura
Tema foi abordado no programa Escuta Aqui, da Rádio Sideral, durante conversa sobre saúde mental
A rotina de compromissos, a sobrecarga de tarefas e a dificuldade de relaxar no final de semana foram alguns dos temas abordados no programa Escuta Aqui, da Rádio Sideral, durante a edição de segunda-feira (14/04). A psicóloga Jordana Calcing falou sobre a chamada síndrome do domingo à noite, um fenômeno cada vez mais relatado por pessoas de diferentes idades.
Sensação de angústia no final do domingo
Durante a entrevista, Jordana explicou que, apesar de não ser um transtorno descrito oficialmente nos livros da psicologia, a síndrome do domingo à noite é um termo popular que descreve sensações de ansiedade, tristeza e apreensão que muitas pessoas sentem no final do domingo, ao se prepararem para o início de mais uma semana de trabalho ou estudos.
“É aquela sensação que começa a se apresentar no final da tarde de domingo, carregada de ansiedade, tristeza, angústia e uma certa apreensão com relação às tarefas da semana que está se iniciando”, destacou a psicóloga.
Sobre carga, rotina e cobrança
Segundo Jordana, a síndrome pode estar associada à insatisfação com o trabalho, mas também está ligada à dificuldade que muitas pessoas têm de relaxar e de aproveitar o tempo livre. A sobrecarga de compromissos e a pressão para dar conta de todas as responsabilidades também são fatores que contribuem para o surgimento desse quadro.
“A queixa que as pessoas têm hoje é que elas não dão conta daquilo que têm para fazer. A gente vive numa sociedade que cobra muito. As pessoas trabalham, estudam, querem praticar atividade física, ter vida social, cuidar da família. Tudo isso somado pode gerar sofrimento”, explicou.
Sinais de alerta e orientações
Entre os principais sintomas da síndrome do domingo à noite estão preocupação excessiva com as tarefas da semana, sensação de que o final de semana não foi aproveitado, dificuldade de relaxar, irritabilidade e até crises de ansiedade.
Jordana orientou que a organização prévia da semana, de preferência ainda na sexta-feira, pode ajudar a minimizar a ansiedade do domingo. Além disso, buscar atividades prazerosas no final do dia, como um jantar em família ou assistir a um filme, são estratégias que podem contribuir para diminuir o mal-estar.
“É importante que a pessoa consiga se desconectar e aproveitar o final de semana. Quando isso não acontece, quando a ansiedade ou a tristeza no domingo à noite se tornam muito intensas, é um sinal de que a pessoa pode estar precisando de ajuda profissional”, orientou a psicóloga.

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