Terezinha Melânia Sachini, de 60 anos, teria sumido na semana passada do Residencial Terapêutico Morada do Sol. Segundo a instituição, mulher tem um transtorno psicológico
A Polícia Civil investiga o desaparecimento de uma mulher em Marcelino Ramos. Terezinha Melânia Sachini, de 60 anos, morava no Residencial Terapêutico Morada do Sol e teria sumido no dia 18 de julho enquanto estava na instituição. Segundo a direção, a mulher tem um transtorno psicológico.
Um inquérito foi instaurado, mas ainda não há hipóteses. O delegado Rodrigo Dreyer, responsável pelo caso, diz que não descarta nenhuma possibilidade.
O residencial fica no interior do município, a cerca de 18 km do Centro. Conforme a Brigada Militar, quando funcionários do local perceberam o desaparecimento da mulher, buscas foram realizadas na casa e uma ocorrência foi registrada na polícia.
De acordo com a equipe do Residencial Terapêutico Morada do Sol, a mulher tem mania de perseguição, e já teria sumido outra vez durante dois dias, mas foi encontrada em um mato próximo do local na época. Segundo o psiquiatra dela, ela sofre de "delírios variáveis", a chamada doença F28.
O diretor do residencial, Elias Tabaczenski, disse que na semana anterior ao desaparecimento, a mulher estava bem, colaborativa e ajudava. Terezinha vivia há quase 6 anos no local.
"O mais difícil de tudo isso é você não ter alguém que diga 'eu vi ela, eu vi ela passar em tal lugar', pra gente poder começar as buscas novamente, porque dentro do contexto possível, de procura, a gente fez tudo que foi possível pra procurar ela, desde que percebemos a falta dela", afirma Elias.
O trabalho de busca começou no dia 19, um dia depois do desaparecimento, e encerrou na última sexta-feira (24). Agentes da Brigada Militar, bombeiros de Erechim e o Grupo de Operações, Resgate e Salvamento com Cães (Gorsc), de Concórdia (SC), percorreram uma área de mato e o Lago da Usina de Itá, que ficam próximos ao residencial.
Os bombeiros e o Gorsc fizeram buscas superficiais na água, em um raio de cerca de 15 km do lago. Cães farejadores treinados para encontrar pessoas com e sem vida foram usados.
Buscas terrestres na cidade e em endereços que a idosa poderia estar também foram realizadas, mas Terezinha não foi encontrada. Os cães farejaram cheiro até a cidade, mas depois não encontraram mais nenhum rastro.
O filho de Terezinha, Tiago Sachini, disse que espera, com a ajuda das autoridades, encontrar a mãe.
"A polícia, graças a Deus, o inspetor, o delegado, são bem atenciosos, e a gente está botando fé neles. Ela [Terezinha] tem esquizofrenia. Ela está bem uma hora e, outra, ela começa a ter surto se ela não tomar o remédio dela. Mas, fora isso, a mãe é uma pessoa normal que nem nós, ela lava roupa, ela cozinha, ela limpa a casa. Já aconteceu outras vezes [dela desaparecer] por ela não ter acompanhamento e não ter tomado o remédio. Só que, agora, a gente ter posto ela na clínica, é por causa disso daí, para não ocorrer esse tipo de coisa", afirma.
A polícia vai ouvir familiares e funcionários do lar. Quem tiver informações, pode entrar em contato com a Brigada Militar pelos telefones (54) 9 9987-3200 ou (54) 3520-2250.
Fonte: G1 RS
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