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Operação policial desta terça no Rio de Janeiro é a mais letal da história do estado

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • há 11 horas
  • 2 min de leitura

Balanço oficial aponta 64 mortes no Alemão e Penha, mas número pode passar de 100. Retaliação de facção criminosa fechou vias e paralisou a cidade

A "Operação Contenção", realizada pelas polícias Civil e Militar no Rio de Janeiro nesta terça-feira (28), tornou-se a mais letal da história do estado. Um balanço oficial confirmou 64 mortes nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, sendo 60 suspeitos e quatro policiais (dois civis e dois militares do Bope).

O número total de mortos, no entanto, pode ultrapassar 100. Na madrugada desta quarta-feira (29), moradores do Complexo da Penha levaram pelo menos 55 corpos para a Praça São Lucas. Os corpos foram retirados da área de mata da Vacaria, local de intensos confrontos, e ainda não constam no balanço oficial.

Retaliação e caos na cidade

Em represália à operação, o Comando Vermelho (CV) orquestrou mais de 12 horas de bloqueios em vias da capital e da Região Metropolitana. Criminosos usaram 96 ônibus como barricadas, afetando 204 linhas de transporte.

Vias importantes como a Avenida Brasil, as linhas Amarela e Vermelha e rodovias federais foram fechadas. A prefeitura elevou a cidade ao Estágio 2 de atenção. O funcionamento de 48 escolas públicas, universidades e unidades de saúde foi suspenso. A normalidade no transporte só foi retomada na manhã desta quarta (29).

Objetivo e balanço da operação

A Operação Contenção mobilizou cerca de 2.500 agentes e teve como objetivo combater a expansão territorial do CV e cumprir 100 mandados de prisão.

Além das mortes, a ação resultou em 81 pessoas presas e na apreensão de 93 fuzis, número recorde para o estado. Criminosos utilizaram drones para lançar bombas contra os policiais.

Tensão política e repercussão

A operação gerou tensão entre o governador Cláudio Castro (PL) e o governo federal. Castro afirmou que o estado estava "sozinho" e teve pedidos de ajuda negados, mas recuou horas depois, afirmando ter sido "mal interpretado". O Ministério da Justiça contestou a declaração, afirmando que não recebeu pedido relacionado à operação.

A ação ganhou ampla repercussão na imprensa internacional, que destacou o "caos colossal" e o "derramamento de sangue". O recorde anterior de letalidade pertencia à operação no Jacarezinho, em maio de 2021, que resultou em 28 mortes.

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