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Fórum da Soja debate cenários climáticos e de mercado para a safra 2026

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • 18 de ago.
  • 2 min de leitura

Em Ipiranga do Sul, especialistas alertaram para risco de estiagem e instabilidade geopolítica, mas apontaram para fundamentos promissores de consumo global

O XII Fórum Norte Gaúcho da Soja reuniu produtores, técnicos e lideranças em Ipiranga do Sul nesta sexta-feira, 15 de agosto, para debater os desafios e as estratégias para o setor. Com o tema “A Informação que Fortalece o Agro”, o evento, realizado na Comunidade São João Vianei, abordou desde projeções climáticas e novas tecnologias de manejo até os complexos cenários do mercado e da geopolítica global.

A organização foi liderada pelo Sindicato Rural de Getúlio Vargas, em parceria com a Prefeitura de Ipiranga do Sul, Emater/RS-Ascar, Associação dos Engenheiros Agrônomos dos Municípios do Alto Uruguai (Aeamau), Centro Universitário Ideau (Unideau) e a Associação Comercial, Cultural, Industrial e de Agropecuária de Getúlio Vargas (Accias).

Abertura destaca união e conhecimento

A solenidade de abertura contou com a presença de diversas autoridades, incluindo o prefeito Marco Antonio Sana e o presidente do Sindicato Rural, Luiz Carlos Silva. O presidente da Aeamau, Marlon Casanova, destacou a necessidade de união do setor. "Estamos em um ano um pouco mais difícil, vindo de problemas climáticos e produtivos. Isso nos faz buscar união para minimizar os efeitos que escapam ao nosso controle", afirmou.

Claudinei Baldissera, Diretor Técnico da Emater/RS-Ascar, reforçou a preocupação com o clima, lembrando que a região enfrentou quatro estiagens severas nos últimos seis anos.

Projeções climáticas e manejo

A meteorologista Estael Sias alertou que o risco de extremos climáticos deve continuar, com a possibilidade de uma nova estiagem severa no verão de 2026. Segundo ela, os principais modelos de previsão indicam chuva abaixo da média para o Sul do Brasil entre setembro e fevereiro. "A principal preocupação é a possibilidade de estiagem no verão de 2026", disse, recomendando que o plantio da soja ocorra após 15 de setembro.

O manejo de plantas daninhas foi tema da palestra do engenheiro agrônomo Anderson Nunes Gabardo, que abordou o uso correto de herbicidas auxínicos. Já o Dr. André Luiz Radunz falou sobre o uso de bioinsumos na cultura da soja, destacando seu papel no aumento da produtividade e na saúde do solo. "O bioinsumo começa na preparação do solo e vai até a colheita, ajudando na resistência ao estresse hídrico", explicou.

Mercado e Geopolítica

Encerrando o evento, o economista Antônio da Luz analisou o mercado global, afirmando que os fundamentos para 2026 são promissores, apesar dos riscos geopolíticos. A produção global de soja deve atingir 426,4 milhões de toneladas, com o Brasil liderando o crescimento e projetando uma safra de 175 milhões de toneladas.

O consumo, por sua vez, deve crescer em um ritmo ainda maior, impulsionado principalmente pela China. "O consumo global deve crescer quase 15 milhões de toneladas, um ritmo bem maior que o da produção", analisou o economista, destacando o cenário como "muito mais interessante" para os produtores.

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