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Estiagem causa perdas irreversíveis em lavouras de feijão e milho no RS

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • há 13 minutos
  • 2 min de leitura

Informativo Conjuntural da Emater aponta que chuvas de dezembro auxiliaram recuperação da soja e do arroz, mas não reverteram danos em culturas de sequeiro

A estiagem prolongada no Rio Grande do Sul resultou em perdas irreversíveis na qualidade e produtividade do feijão 1ª safra e do milho. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado nesta quinta-feira (18), as chuvas registradas na primeira quinzena de dezembro permitiram a recomposição parcial da umidade do solo, mas o impacto do déficit hídrico causou abortamento de flores e queda de vagens.

Situação do Feijão e Milho

O plantio do feijão 1ª safra, projetado em 26.096 hectares, aproxima-se do fim, restando áreas nos Campos de Cima da Serra. A produtividade estimada é de 1.779 kg/ha. Em Soledade, as perdas são pontuais em solos rasos, enquanto em Santa Maria o rendimento médio é projetado em 1.414 kg/ha, com 15% da área colhida.

No milho, o cenário é heterogêneo. O déficit hídrico atingiu as lavouras entre o pré-florescimento e o enchimento de grãos. Atualmente, 90% dos 785.030 hectares estão semeados, com produtividade estimada em 7.370 kg/ha. Já o milho para silagem deve atingir 366.067 hectares, com colheita iniciada nas áreas precoces.

Recuperação da Soja e do Arroz

A semeadura da soja alcançou 89% dos 6,7 milhões de hectares projetados. As chuvas recentes interromperam o estresse hídrico das lavouras implantadas em outubro e novembro, permitindo a retomada generalizada do plantio.

No arroz, a semeadura está em fase final, restando menos de 5% da área de 920.081 hectares. O retorno das precipitações recompôs reservatórios e mananciais, garantindo a irrigação contínua. A produtividade é estimada em 8.752 kg/ha.

Pastagens e Pecuária

O campo nativo e as pastagens cultivadas apresentaram retomada de crescimento e melhora na qualidade forrageira após as chuvas e a elevação das temperaturas.

  • Bovinocultura de Corte: O rebanho apresenta condição sanitária adequada. O mercado registra demanda aquecida por animais terminados devido às festas de fim de ano.

  • Ovinocultura: Produtores intensificam o desmame, manejo de cordeiros e a tosquia para bem-estar animal. A comercialização está em alta, com incremento na renda das propriedades devido à menor oferta de animais para abate no período.

    Foto: Cleuza Brutti, jornalista da Emater/RS-Ascar
    Foto: Cleuza Brutti, jornalista da Emater/RS-Ascar

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