Colheita de soja avança no Rio Grande do Sul com 20% da área já colhida

Produtividade projetada em 3.329 kg/ha e lavouras em estágio final de maturação

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Foto: Divulgação / João Moccellin / Emater/RS-Ascar

A cultura da soja no Rio Grande do Sul está no estágio final do ciclo produtivo, conforme informações do Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgadas nesta quinta-feira, 4 de abril. A colheita avançou rapidamente na última semana, atingindo 20% da área cultivada. Cerca de 51% das lavouras estão em processo de maturação, enquanto as demais estão na fase final de enchimento de grãos, com a produtividade estadual estimada em 3.329 quilogramas por hectare (kg/ha).

As lavouras em maturação concluem o ciclo fenológico sem senescência prematura, e as vagens mostram desenvolvimento satisfatório. Os grãos estão reduzindo o teor de umidade, aproximando-se do ponto ideal para colheita. Algumas plantas mantêm vigor vegetativo e coloração verde ao final do ciclo, indicando um bom desempenho da cultura e uma perspectiva positiva para a produtividade. No entanto, essa condição exige uma diminuição na velocidade das operações de colheita para assegurar a eficiência do processo.

A produtividade varia, mas há um aumento nos rendimentos das áreas já colhidas, indicando um potencial maior nas lavouras semeadas entre o final de novembro e o início de dezembro e nas de ciclos menos precoces.

Do ponto de vista fitossanitário, a redução da umidade do solo facilitou a operação dos equipamentos de pulverização. Lavouras de implantação tardia, algumas em sucessão ao cultivo de milho e tabaco, têm recebido aplicações de inseticidas e fungicidas devido à preocupação com a ferrugem-asiática. A produtividade média no estado poderia ter sido histórica se não fosse pela incidência significativa dessa doença. O clima quente e úmido favoreceu a propagação do patógeno, e a dificuldade em alcançar as folhas inferiores das plantas resultou em um controle menos eficaz.

Os preços do grão têm subido gradualmente desde o final de fevereiro, mas ainda estão de 10% a 15% abaixo dos valores do início do período de semeadura. Esse cenário afeta a margem de lucro dos produtores, que enfrentam custos elevados e, em alguns casos, precisam acionar o seguro Proagro para áreas com produtividades abaixo ou próximas de 2.000 kg/ha. Proagro é o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária, que oferece cobertura contra perdas nas lavouras.