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Chuva alivia seca na região centro-oeste e impulsiona plantio de soja, com expectativa de safra recorde no Brasil

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • 25 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Safra de 2024/2025 projeta recorde de produção com alta nas exportações e impacto positivo na economia

A longa seca que atingiu o Brasil deu sinais de trégua com as primeiras chuvas no sudoeste de Goiás, permitindo aos produtores iniciar o plantio de soja, que deverá se estender por algumas semanas. Segundo monitoramento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a volta das chuvas oferece perspectivas de uma safra recorde na temporada 2024/2025, beneficiando exportações e a economia nacional.

Expectativas para safra recorde

Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimam que a produção de grãos na safra 2024/2025 atinja um recorde de 322 milhões de toneladas, superando em 8,3% a colheita de 2023/2024. A soja deverá responder por 166 milhões de toneladas, consolidando o Brasil como maior produtor e exportador global da oleaginosa. As previsões para a temporada ainda são incertas, devido a variações climáticas que podem afetar a produtividade, incluindo o risco de estiagens, temperaturas altas ou tempestades nas fases finais de colheita.

Clima e incertezas

O Rabobank, especializado no setor de agronegócios, confirma a expectativa de safra recorde, mas adverte para possíveis irregularidades nas chuvas. De acordo com Francisco Diniz, ex-diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas devem continuar em regiões como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de Tocantins, todos grandes produtores de grãos. “Em Mato Grosso e Goiás, haverá uma diminuição, mas o panorama está dentro das condições normais, já que na região sul está chegando uma frente fria e as chuvas voltarão em melhores condições”, explicou Diniz, destacando a possibilidade de “veranicos” — períodos secos e quentes que devem ter impacto limitado.

Já na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), nova fronteira agrícola, o clima segue desfavorável. As chuvas insuficientes atrasaram o plantio da soja, com previsão de estiagem de até 15 dias, segundo Diniz.

Impacto no plantio de milho e economia

A retomada das chuvas em algumas regiões, embora positiva, já atrasou o plantio de soja em relação ao ano passado. Segundo a Conab, até 12 de outubro, apenas 9,1% da área de soja esperada para a safra 2024/2025 estava semeada, frente a 19% no mesmo período do ano passado. Esse atraso pode impactar o milho, plantado em segunda safra após a colheita de soja em janeiro e fevereiro.

Apesar do possível impacto no milho, a Conab ainda prevê um aumento modesto de 3,5% na produção do cereal em 2024/2025, suficiente, juntamente com o recorde da soja, para impulsionar a economia. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) projeta que a safra de 2025 contribuirá para um crescimento de 5,4% no PIB do setor agropecuário, após a retração de 2,1% registrada este ano devido à quebra da safra anterior.


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