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Cerimônia no Cemitério do Combate exalta a força do tradicionalismo e reúne gaúchos da região


Foto: Bruna Salvador / Grupo Sideral de Rádios

Uma manhã marcada por muita emoção, homenagens e reconhecimento. Essa é uma das formas de se definir o ato histórico promovido neste sábado, 11 de setembro, no Cemitério do Combate, em Erebango.


No local, tradicionalistas, autoridades, lideranças, representantes de entidades e da comunidade em geral, compartilharam os mesmos sentimentos: gratidão e alegria em celebrar a cultura e a história que marca a região e o Estado do Rio Grande do Sul.

Além da abertura dos Festejos Farroupilhas, a Geração e Distribuição da Chama Crioula 2021 marcou, ainda, o início das comemorações alusivas ao centenário da Revolução do Combate, que será celebrado em 2023.


A programação, realizada pela Prefeitura de Erebango junto a 19ª Região Tradicionalista (RT), tem como patrono da Chama o tradicionalista, Aldo de Assis Ribeiro.


A abertura contou com a recepção da imagem de Nossa Senhora Aparecida e a bênção concedida pelo sinuelo espiritual da 19ª RT, padre Valter Girelli.


O prefeito de Estação e tradicionalista, Geverson Zimmermann, junto ao também estaçonense, Aldacir Comin, realizaram a parte musical da solenidade.


Do mesmo modo, a prenda Gabriela Bolsonello Hirt, apresentou um breve resgate histórico e interpretou a música ‘Anita Garibaldi’.


Orgulho e bravura


Em seu pronunciamento, a presidente da comissão organizadora, a secretária de Educação, Cultura, Desporto e Turismo de Erebango, Milena Hoppen Zanata, enalteceu o orgulho de o município ter sido escolhido pela 19ª RT e mais 34 municípios, para sediar o evento.

“Ficamos honrados por receber um evento de tamanha grandeza e relevância para o tradicionalismo e a cultura do nosso Estado. Hoje também iniciamos o chamado tríduo campeiro rumo ao centenário da Revolução que foi, sem dúvida, um dos maiores e mais importantes embates entre chimangos e maragatos ocorridos no Norte do Estado, resultando em cerca de 150 mortos que aqui no Cemitério do Combate foram sepultados. Sem honras, nem glórias, mas que precisam ser rememorados por sua bravura e pela defesa de um ideal político coletivo”, ressaltou.

Milena afirmou que, em homenagem a esse legado de nossos antepassados, serão celebradas, a partir de hoje até 2023, as conquistas por condições mais justas e igualitárias que a Revolução nos concedeu. “Que nós, a exemplo destes e de Anita Garibaldi, tema dos Festejos Farroupilhas 2021 e que completaria 200 anos, busquemos trabalhar pelo bem comum de nosso povo e das futuras gerações”, enfatizou a secretária de Educação.

Os falecidos, Orlando Perin, Pedro Tomazzini e Lauri Hoppen foram alguns dos nomes citados entre as pessoas que marcaram gerações e se tornaram exemplos por cultuarem o tradicionalismo por onde passaram.

Herança de bravura


O patrono, Aldo de Assis Ribeiro, destacou que, ao gerar a Chama Crioula, no local em que, há 98 anos travou-se o combate de Quatro Irmãos, prestamos uma homenagem àqueles que lutaram e tombaram por um ideal. Hoje referenciamos a memória e a bravura desses homens que aqui estão sepultados, prevendo a união dos gaúchos e a ideia de que gaúcho não matará gaúcho. Somos fruto de uma raça impregnada de amor e civismo, que sabe repousar no passado as raízes do presente, e tem na consciência os princípios de humanidade, carregando a herança dos que lutaram.


S. Aldo reforçou que não podemos nos desligar da história sob pena de sucumbirmos na sombra infeliz da ignorância, mas sim, buscar nela o vigor espiritual para impulsionar o progresso.


Emoção


O coordenador da 19ª RT, Armelindo Rosset, agradeceu cada cavalariano que marcou presença e abrilhantou o evento. Também pediu um minuto de silêncio para recordar sobre a pandemia e comentou: “temos aqui, nesse cantinho do Rio Grande, pessoas que partilham da emoção de acompanhar a geração e distribuição da Chama. Acredito que ficará uma centelha em cada um que prestigia esse grandioso evento”, salientou.


Manter viva a cultura


O prefeito Valmor José Tomelero iniciou sua fala com um agradecimento especial a todos que vieram buscar a chamada ‘semente’ da Chama Crioula para levar à seus rincões. “Irão distribuir às suas famílias, associados e a todos que querem um Rio Grande do Sul mais alegre. Nesse “novo normal” que vivenciamos em razão da pandemia, as entidades nos ajudam a manter viva a cultura e a mostrar para os gaúchos que temos coisas boas a celebrar. Obrigada a todos que se envolveram na organização desse evento brilhante. Às pessoas que marcaram a história do município no tradicionalismo, o nosso respeito”, reiterou.


No encerramento dos pronunciamentos, o presidente da Câmara de Vereadores de Erebango, Osmar Marinho, declamou o poema 'Cemitério do Combate' para fortalecer a marca do tradicionalismo.


Distribuição da centelha


Próximo ao monumento, em homenagem aos combatentes legalistas, o patrono, Aldo de Assis Ribeiro e o prefeito, Valmor Tomelero, geraram a Chama Crioula 2021 e a conduziram até a frente do Cemitério para distribuição da centelha aos cavalarianos dos municípios de abrangência da 19ª RT.

Fotos: Bruna Salvador / Grupo Sideral de Rádios

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