Alimentação escolar em Getúlio Vargas prioriza alimentos frescos e ações de inclusão
- Andrei Nardi

- 16 de jul.
- 2 min de leitura
Cardápios seguem diretrizes nacionais, valorizam produtos da safra e atendem alunos com necessidades alimentares especiais
Para garantir que os alunos tenham uma nutrição adequada e possam render melhor em sala de aula, a rede municipal de ensino de Getúlio Vargas investe em cardápios baseados em alimentos frescos e minimamente processados. A nutricionista responsável, Tainara Caverzan, explicou nesta quarta-feira (16) na Rádio Sideral como funciona a elaboração das refeições e os projetos voltados para a inclusão e saúde dos estudantes.
“Uma criança que não é bem alimentada não consegue aprender direito”, ressalta Tainara, que atua há quatro anos no setor e conta com o apoio das colegas Fernanda, também nutricionista, e da professora Rosemary, chefe do setor de alimentação escolar. Juntas, buscam oferecer as melhores opções para os alunos da rede municipal.
Planejamento atento às estações e às necessidades
Seguindo as orientações do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), os cardápios são preparados mensalmente, levando em conta os alimentos da safra e os produtos da agricultura familiar local. Isso garante refeições nutritivas, frescas e variadas, evitando a monotonia e fortalecendo a economia da região.
Além disso, as cozinheiras das escolas participam ativamente do processo ao observar as preferências dos alunos, enviando feedbacks que ajudam a ajustar os pratos oferecidos.
Combate à obesidade e educação alimentar
Anualmente, todos os alunos passam por avaliação nutricional, com peso e altura medidos para acompanhar o desenvolvimento. À partir desses dados, o setor promove ações educativas em parceria com professores, incluindo palestras e encontros com os pais, para alinhar hábitos alimentares entre casa e escola.
Entre as atividades, destacam-se oficinas de preparo de lanches saudáveis, que estimulam os estudantes a fazer escolhas conscientes e desenvolvem autonomia na alimentação.
Projeto para alunos com seletividade alimentar
Um destaque deste ano é o projeto voltado para crianças com seletividade alimentar, especialmente aqueles com Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Mais de 60% dos autistas apresentam seletividade alimentar”, explica Tainara.
Com entrevistas aos pais e observação do comportamento na escola, um cardápio adaptado é criado e implementado, com apoio dos professores para incentivar a introdução gradual de novos alimentos. Um caderno de registro é usado para documentar avanços e facilitar a comunicação entre família e equipe escolar.
Adaptações e transparência
Além do projeto para seletividade, existem cardápios específicos para alunos com alergias, intolerâncias e outras condições de saúde, como diabetes. É fundamental que os pais informem a escola sobre essas necessidades para garantir cuidados adequados.
Para reforçar a transparência, os cardápios mensais e fotos dos pratos servidos são disponibilizados no site da Prefeitura de Getúlio Vargas, na área do setor de alimentação escolar.










