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[ÁUDIO] Escuta Aqui | 08/12/2025 - Comparação nas redes sociais e autocobrança elevam busca por ajuda psiquiátrica no fim de ano

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Psicóloga Jordana Calcing alerta para impacto de retrospectivas online e sugere organização prática e "faxina" digital para reduzir ansiedade

A exposição a retrospectivas idealizadas nas redes sociais e a cobrança por produtividade têm impulsionado o aumento na procura por medicamentos e acompanhamento psiquiátrico em dezembro. O alerta foi feito pela psicóloga Jordana Calcing em entrevista ao programa Escuta Aqui, da Rádio Sideral, nesta segunda-feira (8). O sofrimento mental surge da comparação com recortes irreais da vida alheia em um momento em que a população já enfrenta esgotamento físico e emocional.

A especialista destaca que a frustração ocorre quando o indivíduo compara sua rotina com as "grandes conquistas" publicadas por terceiros. Essa dinâmica gera sintomas depressivos, perda de energia e aumento no consumo de álcool e comida como válvulas de escape.

"Aumenta muito a procura por medicação para lidar com essa demanda. As pessoas buscam ideais inatingíveis e, ao comparar sua retrospectiva com a dos outros, sentem que não foram boas o suficiente. Isso intensifica a sensação de inferioridade e o risco de depressão", afirmou Jordana.

Planejamento reduz ansiedade

Para mitigar o estresse, a antecipação de tarefas práticas é fundamental. Definir com antecedência a logística das festas — quem participa, onde será e o que cada um deve levar — evita a sobrecarga de última hora e o caos no comércio, fatores que potencializam a irritabilidade.

Outra estratégia recomendada é o uso de listas manuais para organizar pendências e metas. O ato de escrever no papel auxilia na memorização e na organização mental, especialmente para pessoas com dificuldade de foco.

"Fazer uma lista ajuda a estabelecer prioridades e evita que a pessoa se perca. É preciso avaliar a vida que tivemos e ajustar metas atingíveis para o próximo ano, focadas em necessidades reais e não impostas", explicou a psicóloga.

A analogia da mochila e o detox digital

A revisão de fim de ano deve funcionar como uma triagem de bagagem emocional. Jordana utiliza a analogia de uma mochila que é preenchida ao longo dos meses e precisa ser esvaziada para evitar o colapso.

"É preciso avaliar o que continuar carregando e o que deixar para trás. Se não iniciarmos o processo de esvaziar a mochila, o peso se torna insuportável e leva ao adoecimento, à exaustão e ao travamento físico", pontuou.

No ambiente virtual, a recomendação é filtrar o conteúdo consumido. O algoritmo das redes sociais tende a entregar mais do mesmo, o que exige uma intervenção ativa do usuário para buscar conteúdos neutros ou de humor e "limpar" o feed.

"Faça uma faxina no celular, silencie ou bloqueie conteúdos que geram comparação e busque assuntos aleatórios. O tempo livre gasto nas telas intensifica a irritabilidade e o cansaço mental de quem já está esgotado", finalizou Jordana.

Foto: Freepik
Foto: Freepik

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