
Os recursos dos quatro condenados pela morte de Bernardo Boldrini foram negados, nesta quinta-feira (20), por maioria de votos, em julgamento da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RS.
Leandro Boldrini, pai do menino, Graciele Ugulini, madrasta, e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram condenados em março de 2019, durante julgamento que durou uma semana, na Comarca de Três Passos.
O advogado de Leandro, Rodrigo Grecellé, informou que ainda não teve acesso ao resultado do julgamento de quinta-feira (19), e que só depois disso analisará a possibilidade de um novo recurso.
O advogado de Evandro, Luís Geraldo Gomes Dos Santos, informou que também não teve acesso aos votos, e só irá se manifestar oficialmente sobre o caso após a leitura dos mesmos. "De qualquer forma, adianto que o Evandro irá recorrer da decisão, pois é inocente de toda e qualquer acusação", destacou.
Bernardo, que tinha 11 anos, foi morto em abril de 2014, em Frederico Westphalen. Os quatro foram condenados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Graciele ministrou o remédio Midazolan, com ajuda de Edelvânia. O menino morreu devido à dosagem, e foi enterrado pelas duas. Leandro foi apontado como mentor e Evandro, como cúmplice.
Os votos ainda não foram divulgados, mas o placar de votos foi 2 a 1. A sessão de julgamento foi virtual.
Leandro e os irmãos Wirganovicz pediram a anulação do júri e a realização de um novo julgamento. A defesa de Graciele confirmou que também recorreu, mas não informou o pedido da apelação.
Leandro Boldrini, 33 anos e 8 meses
Graciele Ugulini, 34 anos e 7 meses
Edelvania Wirganovicz, 22 anos e 10 meses
Evandro Wirganovicz, 9 anos e 6 meses
Leandro, Graciele e Edelvânia estão em regime fechado. Evandro conseguiu progredir para a liberdade condicional.
Preso desde a época do crime e condenado a semi-aberto, ele atingiu o tempo necessário para sair da cadeia em 15 de março do ano passado.
Fonte: G1 RS