Sob pressão e protestos, Grêmio encara confronto direto para evitar disparada do Cuiabá

O Grêmio enfrenta o Cuiabá, na Arena Pantanal, a partir das 19h, sob pressão para tentar reduzir a distância em um confronto direto na briga contra o rebaixamento. O adversário desta quarta-feira é o primeiro time fora do Z-4 e está com uma vantagem de sete pontos, o que dá peso de decisão para o duelo válido pela 5ª rodada do Brasileirão.

O Tricolor ainda ficará com uma partida a menos em relação ao Cuiabá, já que precisa enfrentar o Flamengo para completar a sua cota de jogos adiados.

Uma derrota faz o rival abrir 10 pontos, embora não mude a distância para a primeira equipe fora do Z-4, já que o Fluminense, com 17 pontos, cairia para a 16ª colocação. Mas além do que o impacto na tabela, um resultado ruim aumentaria ainda mais o clima ruim e poderia inclusive provocar mudanças.

A expectativa de deixar o clima de pressão em Porto Alegre foi frustrada logo na chegada ao hotel que abriga a delegação gremista em Mato Grosso com um protesto. Um grupo de gremistas esperou a delegação com faixas e foguetes para protestar pela má fase da equipe. Aliás, isso pode se repetir em Cuiabá mesmo em caso de derrota.

Fazendo referência ao último episódio de polêmica fora dos gramados, a presença de jogadores em uma festa de aniversário no domingo, as faixas diziam: "Banda de pagode do Grêmio: Inimigos da vitória" e "É us guri do Rebaixasamba!".

A forte entrevista de Felipão após a derrota para o São Paulo deu o tom das cobranças para a semana. Incomodado com o gol sofrido e a perda de um ponto no Morumbi, o técnico gremista cobrou uma nova postura dos jogadores para a sequência da competição.

"Os jogadores vão ficando cada vez mais encucados, com essa situação de ter que descer. Não vamos, mas temos que jogar diferente, sermos diferentes, aceitarmos onde estamos, para poder fazer diferente", apontou o técnico.

Na segunda-feira, após a polêmica presença de jogadores em uma festa de aniversário no dia anterior, foi a vez do presidente Romildo Bolzan entrar em ação. O mandatário reuniu todos os jogadores para uma conversa sobre o momento e as dificuldades do clube. O tom do encontro foi de otimismo, com um voto de confiança de Bolzan de que o grupo iria dar a resposta.

Além da pressão e das dificuldades de equipe, outro ponto que aumenta ainda mais o grau de dificuldade para o jogo desta quarta-feira é o calor de Cuiabá. A previsão indica que a temperatura deve estar na casa dos 34°C no momento do início do jogo.

Para tentar vencer um adversário direto, Felipão aposta em um novo meio-campo. Thiago Santos e o estreante Villasanti terão a responsabilidade de proteger o sistema defensivo e também auxiliar no início da construção ofensiva, com Maicon mais à frente. Sem Geromel, suspenso, a tendência é de que Rodrigues forme a dupla de zaga com Ruan.

O jogo ganhou ares de decisão nos bastidores do Grêmio, Um eventual insucesso contra o Cuiabá, além de dar 10 pontos de vantagem para o primeiro time fora do Z-4, também pode provocar mudanças no clube para a sequência do Brasileirão.

Após a derrota para o São Paulo, Felipão já tinha deixado claro que deveria mudar o time. E o técnico promoverá, no mínimo, três alterações. A primeira dela será a entrada de Rodrigues na vaga de Geromel, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Depois, saem Lucas Silva e Jean Pyerre, no meio-campo. Nos seus lugares, entram Maicon e Villasanti, que fará sua estreia pelo clube.

O provável Grêmio tem Gabriel Chapecó; Vanderson, Ruan, Rodrigues e Cortez; Thiago Santos e Maicon; Douglas Costa, Villasanti e Alisson; Borja.

Fonte: ge