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Sinal de Ajuda: gesto silencioso pode salvar mulheres da violência doméstica

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • 21 de set.
  • 2 min de leitura

Campanha internacional ensina sinal discreto para pedido de socorro; estado reforça rede de proteção com medidas como MPU online e monitoramento de agressores

Um gesto simples e silencioso, que pode ser feito com uma única mão, tornou-se uma ferramenta internacional para que mulheres em situação de risco possam pedir ajuda. O #SignalforHelp (Sinal por Ajuda), desenvolvido pela organização não governamental Canadian Women's Foundation durante a pandemia de covid-19, ganhou popularidade mundial e já é reconhecido como um importante recurso no combate à violência doméstica.

A sinalização é feita em três etapas: a vítima mostra a palma da mão aberta para a pessoa a quem pede ajuda, em seguida dobra o polegar para dentro e, por fim, fecha os outros dedos sobre o polegar, simbolizando a sensação de estar presa. O gesto deve ser feito de forma discreta e segura.

Para denunciar ou pedir ajuda em casos de violência doméstica, os canais oficiais no Rio Grande do Sul são a Brigada Militar (190) e o Disque Denúncia da Polícia Civil (181).

Rede de proteção às mulheres no RS

Além da divulgação de ferramentas de alerta como o Sinal de Ajuda, o Rio Grande do Sul tem implementado uma série de medidas para fortalecer o combate à violência contra a mulher, articulando tecnologia e ações integradas entre as forças de segurança e outras áreas do governo.

Medida Protetiva de Urgência online

Lançada em abril deste ano, a Medida Protetiva de Urgência (MPU) on-line permite que a vítima registre a ocorrência e solicite a medida protetiva pelo celular ou computador, agilizando o acesso à proteção legal. Desde o seu lançamento, já foram solicitadas 3.008 MPUs através da plataforma digital.

Novas Delegacias e Salas das Margaridas

A estrutura de atendimento especializado foi ampliada com a criação de novas Delegacias da Mulher (Deams) e um aumento no efetivo policial dedicado a este tipo de crime. Além disso, foram inauguradas mais Salas das Margaridas, espaços de acolhimento humanizado para vítimas de violência, e implementados terminais de autoatendimento para otimizar a triagem e reduzir o tempo de espera.

Patrulhas Maria da Penha

Desde 2012, as Patrulhas Maria da Penha, da Brigada Militar, atuam na fiscalização do cumprimento das medidas protetivas de urgência. De janeiro a julho de 2025, a BM incluiu 19.020 novas vítimas de violência no programa, realizando 40.753 visitas de acompanhamento, promovendo 291 palestras preventivas e efetuando 134 prisões por descumprimento de medida.

Monitoramento de agressores

O Programa de Monitoramento do Agressor utiliza tecnologia para acompanhar em tempo real a movimentação de agressores e vítimas. O agressor utiliza uma tornozeleira eletrônica, enquanto a vítima recebe um smartphone com um aplicativo de alerta. Caso o agressor se aproxime da vítima, alertas automáticos são acionados, permitindo uma resposta imediata das autoridades. Atualmente, o sistema monitora 498 agressores e 485 vítimas estão conectadas pelo aplicativo.

Compartilhamento de informações

Em maio, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) firmou um termo de cooperação com a Secretaria da Saúde para facilitar o acesso recíproco a informações, buscando oferecer mais agilidade no atendimento e identificação de possíveis vítimas de violência doméstica que procuram a rede de saúde.

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