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Setembro registra queda de 33,3% nos casos de feminicídio no Rio Grande do Sul

O mês de setembro encerrou com uma redução nos indicadores de crimes contra a vida no Rio Grande do Sul, seguindo a tendência de diminuição da criminalidade observada ao longo de 2023. Destaca-se a queda significativa nos casos de feminicídio, que apresentaram uma redução de 33,3%.

O feminicídio é o último ato de violência contra a mulher, caracterizado pelo assassinato motivado pelo gênero, muitas vezes cometido por parceiros atuais ou ex-parceiros das vítimas. O combate a esse tipo de crime é complexo, pois a escalada da violência costuma ocorrer de forma silenciosa, dentro das relações e das residências.

Desde abril deste ano, os casos de feminicídio têm apresentado uma queda no Rio Grande do Sul. Em setembro, foram registradas quatro ocorrências, em comparação com as seis do mesmo mês em 2022, o que representa uma redução de 33,3%. No acumulado de janeiro a setembro, foram registrados 64 casos no estado, 19 ocorrências a menos em relação ao mesmo período do ano anterior.

A capital gaúcha, Porto Alegre, acompanha a tendência de queda observada no estado. Não houve nenhum registro de feminicídio nos últimos seis meses na cidade, sendo a última ocorrência registrada em 27 de março.

Para combater esse crime complexo, que muitas vezes ocorre de forma silenciosa no âmbito familiar, a Secretaria de Segurança Pública e as instituições vinculadas têm implementado ações direcionadas especificamente para mitigar a violência contra a mulher. Entre elas, destacam-se o projeto Monitoramento do Agressor, as ações da Delegacia Online da Mulher e a expansão das Salas das Margaridas.

O projeto Monitoramento do Agressor tem aprimorado a rede de monitoramento de casos de violência doméstica no Rio Grande do Sul, utilizando tornozeleiras e celulares com aplicativos de localização. O programa teve início em junho na capital e está gradualmente sendo expandido para todo o estado. Atualmente, 41 dispositivos estão em operação, distribuídos em Canoas (18), Porto Alegre (17), Pelotas (3), Rio Grande (1), Viamão (1) e Gravataí (1).

Além disso, a Polícia Civil mantém 21 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam) e 78 Salas das Margaridas no estado. A Brigada Militar também atende mais de 100 municípios gaúchos com as patrulhas Maria da Penha.

Gabriel Centeno/SSP

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