O prédio da antiga sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP), destruído por incêndio na noite de 14 de julho de 2021, deixará de existir na manhã de domingo do dia 6 de março. Em apenas sete segundos após o acionamento da implosão, marcado para as 9h, restarão 20 mil toneladas de escombros no terreno da rua Voluntários da Pátria, 1.358, em Porto Alegre. Todo o planejamento da operação e os impactos na rotina da capital foram divulgados na manhã desta sexta-feira (25/2), em coletiva de imprensa conduzida pelo vice-governador e secretário da Segurança Pública, delegado Ranolfo Vieira Júnior, com a participação de representantes das 28 instituições das esferas federal, estadual, municipal e privadas envolvidas.
Com prioridade em garantir a segurança da população e dos agentes, ao longo do último mês foi montada uma operação extremamente complexa, com uma série de ações que irão se desenvolver ao longo da próxima semana e terão impacto na mobilidade urbana da cidade já na véspera da implosão. Instalado pelo governo do RS e sob a coordenação da Defesa Civil do Estado, um Sistema de Comando de Incidentes (SCI) vai articular a atuação de cada órgão.
A ação demandará a evacuação total de residências e estabelecimentos em um raio de 300 metros a partir do prédio da antiga sede da SSP. Por consequência, haverá fechamento temporário de importantes equipamentos urbanos como a estação rodoviária e parte das estações do trensurb, além de bloqueios de trânsito que abrangem a rua Voluntários da Pátria e a avenida Castelo Branco, uma das principais entradas da cidade.
“Este processo é fruto de intenso esforço coletivo. São 28 instituições trabalhando de maneira integrada para garantir o sucesso da operação e, principalmente, a segurança de todos, tanto da população como dos agentes que irão atuar no cenário. Precisaremos muito, também, que a imprensa, agora, se some a este esforço para levar a toda comunidade as informações sobre a evacuação e as mudanças nos serviços de mobilidade na região”, afirmou Ranolfo. O valor do serviço, que inclui a demolição e remoção dos escombros com transporte e descarte apropriado, é de R$ 3,15 milhões.
Confira a seguir o passo a passo de cada etapa e como ficam os serviços afetados.
Isolamento de área e evacuação
A mobilização na região terá início ainda no sábado (5/3), às 18h, quando a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) da capital fará o isolamento das vagas de estacionamento no perímetro, que engloba as ruas Garibaldi, Santo Antônio, Ernesto Alves, Comendador Coruja e Pelotas, entre a avenida Farrapos e a Voluntários da Pátria. A partir desse momento, não será mais permitido estacionar em via pública no raio de 300 metros do prédio, considerada Área de Segurança Pública.
Também no final da tarde de sábado (5/3), começa a ser montada a estrutura do Posto de Verificação Veicular (PVV), entre a rua Comendador Álvaro Guaspari e o início da rua Santo Antônio, local que funcionará como área para posicionamento de viaturas das forças de Segurança e base das equipes de trabalho.
Ainda na véspera da implosão, a Fundação de Assistência Social e Cidadania de Porto Alegre (Fasc) fará abordagens à população de rua da região, para informar sobre a necessidade de remoção temporária no perímetro durante a manhã do dia seguinte.
No domingo (6/3), a partir das 7h, a Brigada Militar e agentes da Defesa Civil do Estado darão início ao trabalho de desocupação total dos imóveis localizados no perímetro de 300 metros, orientando todos os moradores e trabalhadores de estabelecimentos a deixarem os locais e se dirigirem para além dos limites da Área de Segurança Pública. Ninguém poderá permanecer, sob nenhuma hipótese, e retorno só poderá ocorrer após a liberação das autoridades.
Fonte: Ascom SSP
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