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Secretaria Estadual da Saúde emite alerta para nova variante de Mpox no Rio Grande do Sul após cinco casos confirmados em 2024

Medida visa intensificar a vigilância e controle da doença, apesar de nenhum dos casos confirmados no estado estar relacionado à nova variante que motivou a declaração de Emergência de Saúde Pública Internacional pela OMS

 

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul divulgou nesta segunda-feira (19/08) um alerta epidemiológico voltado aos profissionais de saúde e à população em geral sobre a Mpox. A medida foi tomada após a confirmação de cinco casos da doença no estado ao longo de 2024, distribuídos entre os municípios de Porto Alegre (três casos), Gravataí e Passo Fundo (um caso cada). Embora os casos não estejam relacionados à nova variante do vírus que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), o alerta reforça a necessidade de intensificação das ações de vigilância e controle.

Situação da Mpox no Rio Grande do Sul

Os casos confirmados no Rio Grande do Sul em 2024 foram notificados nos meses de janeiro (um caso), fevereiro (dois casos) e agosto (dois casos). As autoridades estaduais destacam que, apesar do aumento no número de casos, o vírus identificado até o momento não pertence à nova variante Clado 1b, que está se espalhando rapidamente em várias regiões do mundo e é considerada altamente transmissível.

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) está conduzindo ações coordenadas para detectar possíveis casos suspeitos e realizar a análise genotípica das amostras coletadas. O objetivo é identificar rapidamente a presença da nova variante no estado, o que permitirá a implementação de medidas de controle e promoção da saúde para conter a disseminação do vírus.

Alerta da OMS e contexto global

A nova variante da Mpox, originária da República Democrática do Congo (RDC), foi identificada pela primeira vez fora das regiões endêmicas em maio de 2022, marcando o início de surtos na Europa e em outros países não endêmicos. Em agosto de 2024, em resposta ao aumento dos casos globais e à disseminação da variante Clado 1b, a OMS declarou uma nova Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

No Brasil, o primeiro caso de Mpox foi confirmado em junho de 2022, e em agosto do mesmo ano, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul já havia declarado situação de transmissão comunitária no estado. Desde então, as autoridades de saúde têm monitorado de perto a situação, especialmente com a evolução das variantes do vírus.

Características da Mpox e formas de transmissão

A Mpox é uma doença zoonótica viral causada pelo mpox vírus (MPXV), pertencente ao gênero Orthopoxvirus. A transmissão para humanos pode ocorrer através do contato com pessoas infectadas, materiais contaminados ou animais silvestres, como roedores. Os principais sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo e fraqueza. A doença tem um período de incubação que pode variar de 3 a 21 dias.

A principal forma de transmissão ocorre pelo contato direto pessoa a pessoa, especialmente através das lesões cutâneas, fluidos corporais e gotículas respiratórias. Objetos recentemente contaminados também podem ser uma fonte de infecção. Profissionais de saúde, familiares e parceiros íntimos estão entre os grupos mais vulneráveis devido à proximidade e à frequência do contato com indivíduos infectados.

Medidas de prevenção e vacinação

A prevenção é a principal estratégia para evitar a disseminação da Mpox. Recomenda-se evitar o contato direto com pessoas que apresentam sintomas suspeitos ou que tenham a doença confirmada. O isolamento imediato dos casos suspeitos é crucial para prevenir novas transmissões. Além disso, é importante não compartilhar objetos de uso pessoal até que o período de transmissão seja concluído.

Em 2023, o Brasil iniciou a vacinação contra a Mpox pelo Sistema Único de Saúde (SUS), priorizando grupos de maior risco, como pessoas vivendo com HIV/aids e profissionais de laboratório que trabalham com Orthopoxvírus. A vacinação pós-exposição também é recomendada para aqueles que tiveram contato direto com fluidos corporais de pessoas infectadas.

Perspectivas e ações futuras

O alerta emitido pela Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul é uma medida preventiva diante do cenário global de aumento dos casos de Mpox e da ameaça representada pela nova variante Clado 1b. As autoridades de saúde continuam monitorando a situação de perto e reforçam a importância de medidas de vigilância, prevenção e controle para minimizar o impacto da doença na população.

A população é aconselhada a ficar atenta aos sintomas da Mpox e procurar atendimento médico imediato em caso de suspeita, além de seguir as orientações de isolamento e prevenção fornecidas pelas autoridades de saúde.

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