Saúde de Getúlio Vargas migra para sistema e-SUS para evitar perda de 40% em registros
- Andrei Nardi
- há 17 horas
- 2 min de leitura
Mudança causa fechamentos parciais de UBSs para treinamento de equipes; pasta também anuncia compra de veículo e detalha altos investimentos em hospitais
A Secretaria da Saúde e Assistência Social de Getúlio Vargas iniciou a migração do seu sistema de gestão para o e-SUS, plataforma oficial do Ministério da Saúde. A mudança, que visa otimizar o registro de atendimentos e garantir um maior repasse de recursos federais, exige o fechamento temporário das quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município, das 15h às 17h, para treinamento das equipes. A expectativa é que a implementação completa do novo sistema ocorra em até 60 dias.
Em entrevista ao programa Olho Vivo, da Rádio Sideral, na manhã desta sexta-feira, 3 de outubro, o secretário da saúde e assistência social, Elgido Pasa, explicou que a troca é estratégica para o financiamento da saúde municipal. "O e-SUS é ligado diretamente ao Ministério, então a produção que a gente faz cai no mesmo dia dentro do sistema federal. Notamos que se perde em torno de 40% da nossa produção com o sistema atual, e o Ministério olha esses índices quando vamos buscar recursos", afirmou o secretário.
Frota renovada e orçamento pressionado
O secretário também anunciou a aquisição de um novo veículo Chevrolet Spin de sete lugares para o transporte de pacientes. A compra será realizada com uma emenda parlamentar de R$ 100 mil, destinada pelo deputado Paparico Bacchi, e uma contrapartida de R$ 39 mil do município. "No último quadrimestre, transportamos 3.858 pacientes para fora, em 797 viagens. Nossos carros rodam muito e precisamos manter uma frota em condições seguras", destacou Pasa.
Apesar dos investimentos, a pasta enfrenta desafios orçamentários. No último quadrimestre, o município investiu 22,14% do seu orçamento em saúde, superando a obrigação legal de 15%. Segundo o secretário, grande parte desse valor é destinada a cobrir responsabilidades que seriam do Estado e da União, como os repasses aos hospitais locais. "No quadrimestre, foram R$ 1.337.681 para o Hospital São Roque e, somando com o Hospital Santa Terezinha, o valor chega a quase R$ 1,5 milhão. Esse é um dinheiro que poderíamos usar na prevenção", pontuou.
Campanhas de prevenção em andamento
Durante a entrevista, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Cailene Frumi Santi, reforçou a importância da campanha de multivacinação, que segue em andamento nas UBSs, com foco especial na vacina contra a poliomielite. Ela destacou a parceria com o Rotary Club de Getúlio Vargas (Rotaract) na promoção da vacina. "A vacina é segura, ajuda a prevenir doenças, evitar mortes e agravamentos. É um dos investimentos mais antigos e eficazes do SUS", disse Cailene.
A coordenadora também fez um chamado para que a população participe das próximas campanhas de prevenção, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, e reforçou o convite para a Quarta Semana do Idoso, que ocorre de 6 a 10 de outubro no Centro de Convivência Natalício José Botolli.
