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Relatório aponta mais de 750 reuniões entre governo federal e representantes do setor de agrotóxicos entre 2022 e 2024

Dados mostram alta frequência de encontros entre autoridades e empresas do setor agroquímico, destacando períodos de maior atividade em 2024

 

O governo federal realizou pelo menos 752 reuniões com representantes de empresas ligadas ao setor de agrotóxicos entre outubro de 2022 e agosto de 2024, conforme aponta um relatório publicado pela ONG Fiquem Sabendo em agosto de 2024. O documento, intitulado “Regulamentação de agrotóxicos: o trânsito de representantes no Executivo federal em meio à definição de novas regras”, baseia-se em dados obtidos pela plataforma Agenda Transparente, que monitora a agenda de autoridades do Executivo federal.

A análise revela que, em média, houve uma reunião a cada quatro horas e 48 minutos durante o período analisado, considerando as horas úteis de trabalho e excluindo fins de semana, feriados e pontos facultativos nacionais. Os meses de abril e maio de 2024 registraram a maior concentração de encontros, com quase 18% das reuniões ocorrendo nesse intervalo. Em maio, foram registradas 70 reuniões, e em abril, 67. Esse período coincidiu com a decisão do Congresso Nacional de derrubar oito dos 17 vetos presidenciais à Nova Lei dos Agrotóxicos, sancionada em dezembro de 2023.

Carlos Goulart, secretário da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foi o responsável por grande parte das reuniões, com 36 encontros com representantes do setor e 75 agendas com empresas de agrotóxicos.

Entre as empresas mais frequentes nos compromissos com o governo, destacam-se as dez maiores fabricantes de agrotóxicos: Bayer, Basf, Syngenta, Corteva, Sumitomo, Dow Brasil, Rhodia, Ourofino, Adama e Iharabras, que, juntas, participaram de pelo menos 205 reuniões.

O relatório apresenta os dados sobre as reuniões e sua distribuição ao longo do período, sem fazer considerações sobre o impacto ou a natureza dessas interações.

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