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Recursos de equalização do Plano Safra devem estar disponíveis ainda nesta semana

Uma portaria da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que deve ser publicada ainda no começo desta semana, vai autorizar as instituições financeiras do Brasil a oficializar os primeiros contratos de financiamento e custeio com verbas do Plano Safra 2022/2023. Com a sanção do presidente Jair Bolsonaro, na última sexta-feira, do projeto de lei que realocou do Orçamento da União R$ 1,2 bilhão para equalização das taxas de juros para financiamento da agropecuária, o dinheiro estará disponível aos bancos tão logo saia a portaria.


Os recursos iniciais para a equalização são divididos em R$ 532 milhões para agricultores familiares enquadrados no Pronaf; R$ 443,5 milhões para custeio; R$ 216,5 milhões para investimento e R$ 8 milhões para a comercialização. Conforme o senador Luis Carlos Heinze, a expectativa é de que em no máximo 10 dias os valores comecem a chegar na mão do produtor.


O assessor de política agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), Kaliton Prestes, recorda que é a primeira vez que o processo de liberação dos recursos para financiamento da safra atrasa tanto. Segundo ele, a verba é importante no momento para os produtores de milho, cuja janela de plantio já se inicia no final de julho, mas especialmente para os investimentos, represados praticamente durante toda a safra passada.

Há uma demanda muito grande por investimentos e acreditamos que esses serão os primeiros recursos a se esgotar - estima.

Prestes explica que para equalizar os juros de todas as linhas do plano anunciado no final de junho, de R$ 340 bilhões, durante todo o ciclo, que vai até junho de 2023, o governo necessitará de pelo menos R$ 22 bilhões, dinheiro que, pondera, ainda não se sabe de onde virá. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, complementa dizendo que "há recursos" para equalizar os juros do Plano Safra (entre 5% e 12,5% ao ano), em relação aos percentuais do mercado financeiro, onde é praticada a Taxa Selic de 13,25% ao ano.

Basta pegar as emendas de parlamentares no orçamento - complementa.

Para o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro), Paulo Pires, a liberação dos recursos quase no início de agosto não é ideal para o produtor, mas é preciso compreender o momento em que se vive.

Pós-pandemia, guerra e inflação estão afetando todo o mundo, não é só o Brasil, então é bom evitar fazer muita crítica - comenta.

O dirigente concorda, entretanto, que o dinheiro disponível vai se esgotar rapidamente.

Linhas para investimento, por exemplo, vão acabar logo. O Moderfrota (programa para financiamento de máquinas e implementos agrícolas), este deve durar um dia, tamanha a procura que observamos - conclui.

Fonte: Correio do Povo

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