O número de candidatos que cumpriram as etapas anteriores e estão na fila aguardando pela realização da prova prática para retirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) não para de crescer no Estado. Segundo o Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (DetranRS), o cenário atinge cerca de 97,5 mil pessoas.
Conforme a autarquia, os motivos para a formação de filas para as provas práticas vão desde aqueles que não querem fazer o exame, seja porque ainda desejam realizar mais aulas, preferem esperar passar a pandemia, ou, até mesmo, desistiram do processo por qualquer outro motivo, até o impacto provocado pela própria pandemia, que fez com que a quantidade de exames aplicados fosse drasticamente reduzidas, chegando, em alguns momentos, a 25% da quantidade usual.
Por conta disso, na última sexta-feira (22), deputados estaduais e integrantes do Detran-RS participaram de uma audiência pública para minimizar os efeitos e encontrar soluções. Entre elas, o deputado Giuseppe Riesgo (Novo), proponente do encontro, se comprometeu a dialogar com a Casa Civil para a diminuir a fila de espera e valorizar a produtividade dos profissionais a partir do número de provas por mês, para que eles possam realizar um maior número de exames.
Atualmente, o tempo de espera para a realização das provas práticas varia de acordo com cada Centro de Formação de Condutores (CFC), sendo em que há casos de agendamento para daqui a um mês, e outros, com datas disponíveis apenas em janeiro do ano que vem.
Durante a audiência, o diretor-geral do DetranRS, Enio Bacci, estimou o período de 12 meses para a normalização da fila, vinculado à manutenção dos 40 servidores contratados de forma emergencial e a ampliação do quadro de funcionários para 60 aplicadores.
Em nota à reportagem, no entanto, a autarquia afirmou não ter como mensurar qual será a estimativa de prazo para normalizar os atendimentos, uma vez que o órgão está atuando no limite da capacidade, aplicando cerca de 55.000 exames por mês.
Em paralelo, o DetranRS também está desenvolvendo uma série de ações, como o Programa de Melhoria dos Exames Práticos, a realização de forças-tarefa, além da abertura de turmas extras. O órgão destaca que desde de julho deste ano, mesmo em semanas com maior aproveitamento de vagas pelos CFCs, esse índice não passa de 85%, o que indica o “desperdício” de cerca de 15% do total de vagas semanais.
Fonte: Rádio Guaíba
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