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Produtores gaúchos realizam tratoraço em Tapera para cobrar prorrogação de dívidas agrícolas

Manifestação ocorreu na terça-feira (13) e reuniu agricultores de 15 cidades do norte do RS; mobilização busca sensibilizar governo por medidas mais efetivas

 

Na terça-feira (13), agricultores de 15 cidades se reuniram em Tapera, no norte do Rio Grande do Sul, para um tratoraço em protesto pelo parcelamento das dívidas dos financiamentos para o plantio da safra de inverno, que vence na quinta-feira (15). Com máquinas agrícolas, faixas e a bandeira do Rio Grande do Sul, os produtores rurais pedem medidas mais efetivas do governo federal para auxiliar os agricultores atingidos por enchentes e pela estiagem que castigou o estado nos últimos três anos.

A mobilização, que ocorreu na RS-223, no trevo de acesso à cidade de 10,5 mil habitantes, teve como objetivo sensibilizar o governo federal, principalmente em relação ao parcelamento de dívidas. Um telão foi instalado no local para que os produtores acompanhassem a audiência pública realizada em Brasília sobre a situação dos agricultores gaúchos. De acordo com os organizadores, o principal pedido dos manifestantes é por mais tempo para pagar as contas, evitando que o prazo de pagamento dos financiamentos, que vence no dia 15 de agosto, coloque em risco a próxima safra.

“O trânsito está normal aqui, eles ficam até as 17h e não há previsão de bloqueio ou interrupção do tráfego em nenhum momento”, garantiu Diemerson Borghardt, agricultor e membro da comissão organizadora.

Preocupação com financiamentos

A grande preocupação dos produtores é com a iminência do prazo limite para o pagamento dos financiamentos agrícolas. Sem a prorrogação deste prazo, pequenos e grandes agricultores temem não conseguir novos financiamentos para planejar a próxima safra. Embora o governo federal tenha apresentado uma medida provisória com ações para ajudar os produtores, as propostas foram consideradas insuficientes pela categoria, que argumenta que as medidas não atendem todas as suas necessidades.

O Movimento SOS Agro RS, que tem liderado os tratoraços em várias regiões do estado, destacou em uma carta aberta que a crise no setor agropecuário afeta diretamente o abastecimento de alimentos e o preço dos produtos que chegam à mesa dos gaúchos. Eles alertam que, sem a prorrogação do prazo, os agricultores não poderão financiar a próxima safra, agravando ainda mais a crise.

Outras manifestações

Na mesma terça-feira, outro protesto ocorreu em Jóia, município da Região Noroeste do estado. Na segunda-feira (12), produtores da Região Sul, em Pelotas, também se mobilizaram, fechando a rua 15 de Novembro em frente ao Mercado Central para estacionar cerca de 50 tratores e máquinas agrícolas.

Os protestos, que têm se espalhado por diferentes regiões do Rio Grande do Sul, refletem o descontentamento crescente dos agricultores com as medidas apresentadas até agora pelo governo federal e a urgência de uma resposta mais contundente para as demandas do setor agrícola.

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