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Produtores de leite protestam contra baixo preço e derramam produto na RS-158

Agricultores familiares do Rio Grande do Sul realizaram um protesto na RS-158, em Frederico Westphalen, nesta quarta-feira (27), para reivindicar um preço justo pelo litro de leite. O grupo, liderado pela Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), espalhou um líquido branco que simulava leite no principal trevo de acesso à cidade, bloqueando parcialmente a rodovia.

Os manifestantes alegam que estão recebendo até R$ 1,04 pelo litro de leite, enquanto o custo de produção supera os R$ 2. Eles pedem medidas de apoio do governo federal para enfrentar a crise que afeta o setor leiteiro gaúcho. Segundo o vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, os produtores estão “indignados” com a demora do governo em anunciar ações concretas. “Derramar o leite na avenida foi uma forma de o produtor mostrar que o produto dele ‘não está valendo mais nada’. Vender pelo preço que está sendo pago e jogar na sarjeta é quase a mesma coisa”, disse Zanetti.

O ato começou por volta das 9h da manhã, com a concentração dos agricultores no Parque de Exposições Monsenhor Vitor Batistella, no município. Depois, eles caminharam até o trevo da RS-158, onde realizaram o protesto simbólico. Cerca de 700 pessoas participaram da mobilização, de acordo com a Fetag. As ações contaram com o planejamento das regionais sindicais do Médio e Alto Uruguai e com o apoio das regionais sindicais de Três Passos e da Macrorregional Missões Fronteira Noroeste.

Os produtores de leite esperam se reunir com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, nesta quinta-feira (28), para cobrar soluções para o problema. O ministro virá ao Estado com uma comitiva ministerial e bancos para visitar as áreas atingidas pela enchente do início de setembro.

De acordo com a Fetag, se os pedidos do campo não forem atendidos, novas manifestações devem ocorrer na segunda metade do mês de outubro. Além de atos no Rio Grande do Sul, a entidade anuncia mobilizações no Paraná e em Santa Catarina e a possibilidade de interditar fronteiras com países do Mercosul.

Divulgação/Fetag-RS

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