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Preso por 'golpe dos nudes' no RS é detento do semiaberto e usava fotos de menor, diz polícia

Entre 30 e 40 pessoas teriam sido lesadas na fraude, que consiste em trocar imagens íntimas e depois se passar por policial para exigir dinheiro

 

Um apenado do regime semiaberto é investigado pela Polícia Civil por aplicar golpes utilizando fotos íntimas de uma parente, menor de idade, em cidades do RS. Ele foi preso em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, na semana passada.


Condenado por homicídio, roubo e extorsão, o homem utilizava tornozeleira eletrônica no momento da prisão pela tentativa de extorsão. O crime, conhecido como "golpe dos nudes", consiste em trocar fotos íntimas, de perfis falsos, com homens, e depois se passar por um policial, exigindo pagamentos para que uma suposta investigação sobre o caso não fosse levada adiante.


O preso em Esteio, no entanto, agia diferente, segundo a polícia. Em vez de usar fotos em um perfil falsificado, ele usou as imagens da adolescente, que ganhava pequenos valores em troca.


A delegada do caso, Luciane Bertoletti, observa que, assim, ele conseguia dar mais veracidade à troca de mensagens. "A vítima acredita que está falando com uma mulher, porque tem áudios trocados", detalha.


A polícia acredita que o preso aplicava o golpe há mais de um ano, inclusive enquanto estava no sistema prisional. Entre 30 e 40 pessoas podem ter sido alvos do golpe, tanto no RS quanto fora.


Radialista desconfiou do golpe


Em Caxias do Sul, na serra gaúcha, um radialista, que não quer ser identificado, conseguiu escapar de um golpe ao desconfiar dos contatos de uma mulher, que o procurou em uma rede social. Ele avisou a esposa e passou a fingir que acreditava na história.


"A gente via que era uma coisa que não condizia. A partir disso, eu respondi algumas coisas ali e comecei a gravar", diz.


Mesmo sem ter enviado as fotos, a pessoa começou a exigir dinheiro do radialista.


Em Sapiranga, Região Metropolitana de Porto Alegre, o advogado Gelson Vargas afirma ter sido procurado por quatro homens enganados no golpe. Um deles chegou a pagar R$ 22 mil para os criminosos para não ter fotos íntimas reveladas.


"O meu segundo cliente, mesmo explicando para ele que estava sendo vítima de golpe, ele estava acreditando que seria preso por algo que tinha feito. Só que ele não tinha cometido crime algum, então a situação é desesperadora a partir desse momento", observa.


Para evitar cair no golpe, a polícia aconselha a não postar dados pessoais nem aceitar pedidos amizade de desconhecidos.


"Caso tenha sido vítima, não apague o conteúdo, pois ele é prova da extorsão, e procure ajuda especializada ou uma delegacia mais próxima, para que se possa procurar a autoria, para que ele possa responder pelos danos morais e materiais", diz o presidente do Instituto de Defesa do Consumidor e Usuário de Internet, José Milagre.


A delegada Luciane Bertoletti ressalta que a ocorrência desse tipo de golpe aumentou durante a quarentena. "Logo que surja um contato desse tipo com uma pessoa desconhecia, que [o alvo] venha até a polícia e denuncie. Para que a gente possa agir imediatamente", reforça.


Fonte: G1 RS


Em maio, o Delegado de Polícia de Getúlio Vargas, Jorge Pierezan, explicou como funciona o golpe e explanou a existência de casos em nossa região


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