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Presidente da Febraban defende proibição imediata de cartões de crédito para apostas eletrônicas para conter inadimplência

Isaac Sidney alerta que o uso de cartões em apostas online pode comprometer a renda das famílias e elevar juros de crédito devido ao aumento da inadimplência

 

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, defendeu nesta quinta-feira (12), em São Paulo, a antecipação da proibição do uso de cartões de crédito para o pagamento de apostas eletrônicas e esportivas. Segundo ele, o uso do crédito para esse tipo de transação já compromete a renda das famílias e pode resultar em juros mais altos devido ao aumento da inadimplência.

Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), afirmou nesta quinta-feira (12), em evento com jornalistas em São Paulo, que o governo deveria proibir imediatamente o uso de cartões de crédito para o pagamento de apostas eletrônicas e esportivas. Segundo ele, a medida é crucial para evitar o comprometimento da renda das famílias e conter o aumento da inadimplência.

“O cartão é um produto fundamental, e seu uso para apostas já está afetando o consumo das famílias e aumentando a inadimplência”, argumentou Sidney. Ele acrescentou que o aumento das apostas esportivas pode levar a uma elevação dos juros na concessão de crédito, uma vez que o crescimento da inadimplência impacta diretamente o custo do crédito no mercado.

A Febraban esclareceu, por meio de nota, que a posição de Sidney reflete uma opinião pessoal e não representa a posição oficial da entidade ou de seus bancos associados. Atualmente, a regulamentação que restringe o uso de cartões de crédito para apostas online só entrará em vigor em janeiro de 2024, permitindo pagamentos apenas via Pix, transferência ou débito.

Sidney revelou que já discutiu o tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele destacou que a Febraban está analisando o impacto das apostas no superendividamento das famílias e no sistema financeiro como um todo. “O aumento das apostas esportivas, além de agravar o endividamento das famílias, pode se refletir em juros mais altos, prejudicando o acesso ao crédito no país”, pontuou.

A decisão de antecipar a proibição, segundo Sidney, ajudaria a mitigar esses efeitos negativos antes de janeiro de 2024, quando a nova regulamentação das apostas deverá entrar em vigor.

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