A Prefeitura de Getúlio Vargas, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, firmou parceria com o Projeto Brasil sem Frestas e lança campanha de arrecadação de caixas de leite vazias para a construção de chapas para preencher frestas em moradias de famílias de baixa renda.
As embalagens, que devem estar limpas para evitar contaminação, podem ser entregues na Secretaria de Meio Ambiente e também no Centro de Referência em Assistência Social – CRAS -, que também é parceiro do Projeto e será responsável pela seleção das famílias a serem beneficiadas. Uma das incentivadoras do projeto em Getúlio Vargas é a Diretora do Centro Integrado Renascer (CIR), Ana Paula Lopes de Melo, entidade ligada à Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social, igualmente parceira e envolvida no Projeto.
O Projeto, que surgiu há mais de dez anos e foi criado pela química Maria Luisa Camozzatto, em Passo Fundo, está se espalhando pelo país. As embalagens Tetra Pak são um excelente isolante térmico, com camadas de plástico e alumínio. Além disso, o papelão, usado na exposição das marcas, permite a maleabilidade da embalagem. O material é resistente o bastante para amenizar temperaturas elevadas e as mínimas.
Três princípios
Segundo o coordenador do Projeto Brasil sem Frestas em Getúlio Vargas, Márcio Prado, o projeto tem três princípios básicos: a segurança das famílias, pois protege a saúde dessas pessoas, evitando que fiquem resfriadas por conta das da exposição às intempéries climáticas; o ambiental, pois eles estão retirando da natureza um material que leva 200 anos para se decompor, redirecionando assim a reutilização das caixas de leite; e, por fim, e o mais importante, o social, com um eficaz alcance na reestruturação das casas e a comodidade das famílias.
Primeira beneficiada
No dia 5 de junho, os voluntários do Projeto Brasil Sem Frestas, juntamente com a equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, estiveram no bairro Monte Claro para revestir as paredes da casa onde moram Sidiane da Silva, com os filhos Kauã Daniel Germano, 9 anos, e Lorenzo Castanha, 9 meses.
Sidiane diz estar muito feliz com a casa, agora com as frestas fechadas, e passando menos frio. Comenta que ficou surpresa com a chegada dos voluntários em sua casa e com a rapidez com que tudo foi feito. “Nós passávamos muito frio dentro de casa, agora melhorou muito”, sentenciou.
O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Jackson Karpinski, explica que a embalagem cartonada dura cerca de 200 anos e usadas como matéria-prima para forrar as paredes, evita a entrada da chuva e passa a ser um isolante térmico. As caixas são compostas por seis camadas: uma camada de plástico, uma de papelão, outra camada de plástico, uma de alumínio e, por fim, mais duas folhas de plástico. “Essas características tornam as caixas impermeáveis e fazem delas um ótimo isolante térmico para aquecer no inverno e refrescar no verão”, explica.
As caixas de leite devem ser lavadas para serem doadas. Elas podem ser entregues na Secretaria de Meio Ambiente e no CRAS.
Comments