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Pessoas não vacinadas são a maioria entre as hospitalizações e óbitos por covid-19 em janeiro no RS


Um levantamento da Secretaria da Saúde (SES) das hospitalizações e óbitos por covid-19 no Rio Grande do Sul notificadas em janeiro deste ano mostra que 65% das internações e 67% das mortes ocorreram em pessoas que não haviam recebido nenhuma dose contra o coronavírus ou tinham o esquema incompleto (apenas uma dose no esquema de duas). Os dados reforçam que a vacinação com o esquema completo é a principal forma de proteção contra a doença, ainda mais quando acrescida da dose de reforço.


Apesar de serem a maioria entre hospitalizações e óbitos, esses dois status sem vacinação completa são os menores na proporção com os outros: são cerca de 8,5% da população do Estado que não fizeram a segunda dose e 18,6% que não fizeram nenhuma dose (incluindo entre esses aquelas pessoas fora da idade preconizada). Pessoas com esquema completo (duas doses ou dose única) mais a dose de reforço já representam hoje cerca de 24,1% da população gaúcha, enquanto 48,8% possui esquema completo mas ainda sem o reforço.


Os dados foram obtidos por meio dos registros de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave com classificação final de covid-19 notificadas no Sivep-Gripe (entre 01/01/22 e 27/01/22) e então cruzados com o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI).


Situação vacinal e evolução das internações por covid-19 no RS em 2022

Situação vacinal

Nº de hospitalizações

Nº de óbitos

% da população

Esquema completo (duas doses ou dose única) MAIS reforço

515

99

24,1%

Esquema completo (duas doses ou dose única) SEM reforço

153

10

48,8%

Esquema incompleto (apenas uma dose)

842

156

8,5%

Sem nenhuma dose

374

65

18,6%

Total

1.884

330

100%

Redução em 87% nos riscos de óbitos em adultos


Os dados de janeiro deste ano seguem a mesma tendência que um estudo do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) já tinha apresentado em dezembro do ano passado, com dados de hospitalizações e óbitos entre agosto e novembro. Na época, os dados apontaram que o esquema vacinal completo (duas doses ou dose única) reduziu em 87% o risco de morte pelo coronavírus nas pessoas com 20 anos ou mais entre agosto e novembro. Entre os idosos, a vacinação de reforço, por sua vez, foi capaz de diminuir em 95% a incidência de óbito no período.


Aumento de casos em 2022


Outro fato que aumenta a importância da vacinação neste momento é o crescente número de casos de covid-19 registrados neste mês no Rio Grande. Janeiro já é considerado em toda a pandemia como o mês com maior circulação da doença. Mais de 316 mil novos casos registrados (por data de início de sintomas), sendo que esse número ainda é parcial, visto que ainda podem entrar mais casos relacionados a este período nos próximos dias. Isso representa mais do que todo o segundo semestre de 2021. Esse aumento de casos já vem repercutindo no aumento das hospitalizações e óbitos, que nas últimas semanas também voltaram a ter alta, após meses de queda.


Fonte: Imprensa SES/RS

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