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Pesquisa da UFFS revela impacto das espécies exóticas, como o Pinus, na regeneração de florestas no sul do Brasil

Estudo aponta desafios e soluções para a restauração de áreas degradadas pela presença de espécies exóticas, com foco na conservação da biodiversidade

 

Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Erechim trouxe novos dados sobre o impacto das espécies exóticas, especialmente do gênero Pinus, nas florestas do sul do Brasil. O estudo, conduzido por Ana Clara Botafogo e orientado pelo professor Geraldo Ceni Coelho, analisou a Floresta Nacional de Chapecó (Flona), em Santa Catarina, uma área significativa do bioma Mata Atlântica.

A pesquisa comparou três áreas distintas dentro da Flona: uma área em regeneração após a remoção do Pinus há dez anos (REG), uma floresta nativa sem grandes perturbações em 60 anos (NAT), e uma área ainda ocupada pelo Pinus (PIN). Os resultados mostraram que, na área regenerada, a supressão do Pinus permitiu a recuperação de uma diversidade de árvores grandes semelhante à da floresta nativa, mas a diversidade de árvores menores permanece baixa, o que pode dificultar a regeneração completa a longo prazo.

Na área dominada pelo Pinus, tanto as árvores grandes quanto as pequenas são majoritariamente dessa espécie exótica, com poucas nativas emergindo, evidenciando a necessidade de manejo contínuo. A pesquisa também testou técnicas de restauração, como a transferência de folhas e solo, que se mostraram pouco eficazes em promover a germinação de espécies nativas.

Ana Clara destaca a importância de suprimir espécies exóticas para permitir a regeneração das nativas e restaurar os serviços ecossistêmicos. Ela também sugere o manejo de lianas para melhorar o recrutamento de novas espécies nativas e alerta para os riscos de não realizar intervenções adicionais em áreas dominadas por Pinus, como a perda de biodiversidade.

Os resultados da pesquisa podem influenciar políticas de manejo florestal e conservação, contribuindo para o planejamento da restauração de áreas degradadas e a conservação da biodiversidade no Brasil. O estudo completo está disponível no Repositório Digital da UFFS.

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