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Número de feminicídios no RS em fevereiro aumenta 50% em relação a 2021


Viatura da Patrulha Maria da Penha, da Brigada Militar, em Porto Alegre — Foto: Claudio Fachel/Palácio Piratini

A taxa de feminicídios em fevereiro de 2022 no RS manteve o crescimento dos últimos dois anos e apresentou alta em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foram nove mulheres mortas em razão do gênero nos 28 dias de fevereiro, 50% a mais do que os seis crimes do mesmo tipo registrados em fevereiro de 2021.


Em janeiro, uma pequena queda de 9% havia sido registrada, com a redução de 11 feminicídios em janeiro de 2021 para 10 no mesmo mês deste ano. O acumulado do bimestre, no entanto, também fica em alta (+11,8%), com dois casos a mais, de 17 para 19.

Número de vítimas de feminicídio no RS em fevereiro cresce desde 2020 — Foto: SSP/Reprodução

Os dados de feminicídio vão na contramão da queda no número de crimes contra a vida registrada no monitoramento de violência divulgado nesta terça (15) pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). O número de feminicídios em fevereiro no RS cresce desde 2020, quando quatro mortes foram registradas — contra uma mulher assassinada no mesmo mês de 2019. Em 2021, o número seguiu em crescimento, para seis.


O dado faz eco aos números anuais consolidados divulgados no início do ano: em 2021, 97 mulheres foram assassinadas, uma alta de 21% em relação às 80 de 2020.


Queda nos demais indicadores


Ao contrário dos feminicídios, nos demais indicadores de violência contra a mulher monitorados pela SSP houve queda. No bimestre, os outros quatro indicadores acompanhados (ameaça, lesão corporal, estupro e tentativa de feminicídio) ficaram abaixo do registro no mesmo período do ano passado.


Em fevereiro, apenas as ocorrências de lesão corporal tiveram leva alta (+0,7%) em relação ao mesmo mês de 2021.

Apesar do aumento nos feminicídios, número de crimes violentos contra mulheres diminuiu em fevereiro de 2022 — Foto: SSP/Reprodução

Perfil das vítimas


Das vítimas de feminicídio, quatro tinham algum registro de ocorrência anterior contra o autor do feminicídio ou outro agressor. Uma delas, uma mulher de 26 anos, moradora de Canoas, foi morta a tiros pelo ex-companheiro, um homem de 23 anos, que já tinha prisão preventiva decretada em razão do descumprimento de medida protetiva de urgência.


De acordo com a investigação, a jovem estava em casa quando foi chamada na portaria do condomínio. A vítima desceu e, ao se deparar com o agressor, tentou voltar, mas foi atingida por disparos no pescoço, na cabeça e duas vezes no braço. O homem teria fugido em um carro roubado.


Ainda que cerca de 80% dos crimes do tipo tenham sido resolvidos no ano passado, a SSP ressalta que a denúncia é o primeiro passo para a solução deste tipo de crime.


Elas podem ser feitas em total anonimato, assegurado pelas autoridades. Além do 190 da Brigada Militar para situações de urgência, a SSP mantém o Disque-Denúncia 181 e o Denúncia Digital 181, pelo site. A Polícia Civil também oferece canal de denúncia pelo WhatsApp, no telefone (51) 98444-0606.


Além dos canais de denúncia, o estado oferece outras políticas públicas de proteção à mulher e combate à violência doméstica. Iniciado em 2019, o projeto Salas das Margaridas conta com 50 espaços preparados para o acolhimento de mulheres vítimas de abusos e agressões espalhados por todas as regiões do estado nas Delegacias de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) da Polícia Civil. A instituição conta ainda com 23 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher.


Entre 7 de fevereiro e 8 de março deste ano, a Operação Resguardo II, desencadeada em nível nacional pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública com o intuito de combater e prevenir crimes de violência contra a mulher, resultou na prisão de mais de 250 indivíduos, na apreensão de 47 armas e no requerimento de mais de 200 medidas protetivas de urgência ao Judiciário.


Ao analisar os 96 feminicídios do ano passado, a Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher (Dipam) do Departamento de Proteção à Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil verificou que 10 possuíam medida protetiva de urgência. Ou seja, 89,6% das vítimas não tinham o amparo da medida. O estudo apontou ainda que 67% das 96 vítimas não tinham algum registro de ocorrência contra o agressor.


Fonte: G1/RS

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