MP promove ações de prevenção à violência extrema com palestras para jovens e pais em Estação

Promotora Manuela Montanari, do Núcleo de Prevenção à Violência Extrema, detalhou o trabalho de acolhimento e conscientização realizado no município após o atentado ocorrido em julho

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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Núcleo de Prevenção à Violência Extrema (NUPVE), realizou uma série de atividades de acolhimento e conscientização no município de Estação nesta quinta-feira, 21 de agosto. A promotora de Justiça Manuela Montanari esteve na cidade para conversas com adolescentes e pais, abordando a prevenção à violência e os riscos do ambiente digital, em uma ação que busca trazer informação à comunidade após o atentado ocorrido em uma escola local no dia 8 de julho.

Em entrevista concedida à Rádio Sideral, a promotora explicou que as atividades foram divididas em momentos distintos. Durante a tarde, a conversa foi direcionada a adolescentes a partir de 12 anos, com foco em temas como o neurodesenvolvimento, a forma como jovens processam informações da internet e a exposição a conteúdos inadequados e predadores digitais. À noite, o diálogo foi com os pais, visando a educação digital e a identificação de sinais de risco.

Projeto Sinais e a importância da prevenção

Manuela destacou que a melhor forma de combater a violência extrema é através da prevenção. "Se entendeu que a melhor forma de trabalhar a questão da violência extrema é trazendo informação e trabalhando na prevenção", afirmou. Nesse contexto, o MPRS criou o "Projeto Sinais", que capacita redes de apoio à infância para identificar indicadores de radicalização que podem levar jovens à prática de atos violentos.

O projeto já foi implementado em mais de 40 municípios gaúchos, capacitando mais de 7 mil pessoas. "O núcleo está bastante satisfeito com o trabalho preventivo que vem sendo desenvolvido", disse a promotora. A iniciativa atua em duas frentes: a prevenção, com o "Projeto Sinais" (para escolas) e o "Eu Enxergo Sinais" (para pais), e a repressão, com a investigação de casos concretos.

Resposta ao atentado de julho

Questionada sobre a condução do caso do atentado de julho, a promotora elogiou a celeridade das autoridades locais. Ela informou que a sentença em primeiro grau foi proferida em apenas 20 dias após o fato. "Tanto as polícias quanto o Poder Judiciário e o Ministério Público trabalharam realmente de forma muito eficaz e muito célere para que essa situação tivesse um desfecho, pelo menos no campo jurídico, e que a população possa, com essa resposta estatal, seguir em frente", avaliou.

A promotora também ressaltou a boa receptividade da comunidade durante as palestras, afirmando que houve participação ativa do público. "A gente sai daqui muito satisfeito com o trabalho que foi feito e muito agradecido pelo acolhimento da população", concluiu.

MP promove ações de prevenção à violência extrema com palestras para jovens e pais em Estação | Prefeitura de Estação / Divulgação