Estrutura emergencial foi erguida em 15 dias, com apoio de empresários e engenheiros, permitindo a travessia de veículos leves e vans
Um grupo de 30 moradores das cidades de Marques de Souza e Travesseiro, na Região dos Vales do RS, mobilizou-se para construir uma ponte provisória em 15 dias após a estrutura principal ser destruída pelas enchentes em maio. Cerca de 1 mil pessoas atravessam diariamente de um lado para o outro, e sem a ponte, o desvio aumentava o trajeto em quase 60 km.
O projeto emergencial, que teve um custo total de cerca de R$ 80 mil, envolveu empresários e engenheiros locais. Foram utilizados três contêineres cheios de pedras e concreto como "pilares", pesando aproximadamente 120 toneladas cada. A pista de rolagem foi feita com pranchões de madeira e toras de eucalipto.
Localizada na Avenida Forqueta, a ponte provisória tem 60 metros e está próxima ao local da ponte original. Os acessos foram construídos com máquinas das prefeituras de Marques de Souza e Travesseiro. A passagem é permitida apenas para veículos leves e vans, incluindo ambulâncias e vans escolares, com largura máxima de 3 metros. A fiscalização do trânsito é realizada pela Brigada Militar (BM).
Embora a estrutura seja provisória, ela deve permanecer até que uma nova ponte seja construída. O governo federal anunciou um investimento de cerca de R$ 4,7 milhões para a reconstrução, mas ainda não há uma data oficial para o início das obras. A ponte original foi construída em 2006.
Os temporais e cheias que atingiram o Rio Grande do Sul resultaram em 182 vítimas, conforme o boletim mais recente da Defesa Civil. Ainda há 29 pessoas desaparecidas e 806 feridas.
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