O Ministério da Saúde desistiu de exigir prescrição médica para a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos contra a covid-19. A pasta recomendará a autorização de pais ou responsáveis, mas essa não será uma medida obrigatória.
As medidas restritivas eram um desejo do presidente Jair Bolsonaro, que tem se mostrado contrário à vacinação de crianças e afirma não ter se imunizado. A exigência encontrava resistência entre sociedades médicas e especialistas.
O Ministério da Saúde realizou uma consulta pública sobre essas e outras medidas, algo que não havia ocorrido em relação à imunização de outras faixas etárias. A consulta e a audiência pública realizada ontem também receberam críticas das entidades e de especialistas.
Porém, mesmo com perguntas consideradas enviesadas, a maioria dos participantes se mostrou contrária à obrigatoriedade da receita médica. A principal crítica é que a medida barraria o acesso de pessoas mais pobres às vacinas, dada a dificuldade de acesso a médicos.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, previu o início da vacinação infantil para a segunda quinzena deste mês. Mas a expectativa na pasta é que a imunização comece antes, conforme apurou o Valor.
Segundo o jornal "O Globo", cerca de 3,7 milhões de doses da vacina pediátrica da Pfizer chegam ao Brasil em janeiro. Ao todo, 20 milhões de doses devem ser aplicadas até o fim do primeiro trimestre.
Fonte: Valor Econômico
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