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Mais da metade da população indígena do RS vive fora de terras indígenas, aponta Censo 2022

Mais da metade da população indígena do Rio Grande do Sul vive fora de terras indígenas, de acordo com dados do Censo 2022 divulgados na segunda-feira (6). O estado possui um total de 36.096 pessoas que se autodeclaram indígenas, sendo que 20.372 vivem fora das terras indígenas, o que equivale a 56,5%, enquanto 15.724 vivem dentro dessas áreas, representando 43,5%. Além disso, existem 644 pessoas que habitam terras destinadas à população indígena, mas não se declararam indígenas.

A situação é resultado do processo de colonização do estado, remoção forçada de indígenas e concentração em reservas, de acordo com o indigenista Roberto Liegbott. O arrendamento ilegal de terras indígenas também contribui para essa realidade. Liegbott destaca que o arrendamento compromete o modo de vida e o usufruto dos territórios pelos povos indígenas, gerando exclusão e vulnerabilidade dentro das próprias áreas.

Essa situação tem levado a revoltas internas e expulsões de grupos indígenas. Atualmente, existem mais de 30 acampamentos no Rio Grande do Sul onde vivem comunidades indígenas que reivindicam a demarcação de seus territórios.

Os indígenas representam 0,33% da população do estado, o maior número na Região Sul e o 18º em todo o país. Desde o último Censo, realizado em 2010, a população indígena cresceu 6%.

No Noroeste do estado, encontra-se a cidade com a maior proporção de população indígena autodeclarada, de acordo com o Censo. Em São Valério do Sul, 1.237 dos 2.543 habitantes se declararam indígenas, o que representa 48,64% da população. Benjamin Constant do Sul vem em seguida, com 46,3%, e Redentora com 43,05%. Porto Alegre possui 2.954 pessoas indígenas.


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