Nesta terça-feira (9), a Justiça de Goiás aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público na segunda fase da Operação Penalidade Máxima, tornando réus os 16 investigados, que incluem sete jogadores: Eduardo Bauermann, Fernando Neto, Gabriel Tota, Igor Cariús, Matheus Gomes, Paulo Miranda e Victor Ramos. Os demais acusados são apostadores ou membros do grupo responsável pelas manipulações. Entre as partidas citadas, cinco envolvem clubes do Rio Grande do Sul.
De acordo com as informações apresentadas pelo MP, em diversos jogos foram feitas propostas financeiras para jogadores receberem cartões amarelos ou cometerem pênaltis. No jogo entre Palmeiras e Juventude, pelo Brasileirão 2022, o lateral-esquerdo Moraes recebeu R$ 5 mil antes da partida e foi instruído a levar um cartão amarelo, oferecendo-se uma quantia de R$ 30 mil. O mesmo aconteceu com Gabriel Tota, do Juventude, que deveria transferir R$ 60 mil ao zagueiro Paulo Miranda, que seria punido com cartão amarelo durante o jogo contra o Fortaleza. Em outras partidas, outros jogadores também foram abordados com propostas financeiras para cometer infracções.
O Juventude se manifestou sobre o caso e afirmou repudiar "veementemente qualquer tentativa ou atos que visem manipular resultados no esporte". O advogado de Paulo Miranda informou que precisa ler o inquérito antes de se manifestar sobre o caso. Gabriel Tota, procurado, afirmou que irá se pronunciar após conversar com o seu advogado. O Novo Hamburgo também se manifestou repudiando as tentativas de manipulação em seus jogos.
A denúncia foi recebida pela Justiça e os 16 investigados se tornaram réus no caso. A decisão foi tomada após a Justiça considerar que há indícios suficientes da participação dos investigados nas manipulações.
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