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Instituto Butantan avalia produzir no Brasil vacina contra a monkeypox, a varíola dos macacos

Com o avanço da varíola dos macacos no mundo, e no Brasil, o Instituto Butantan, em São Paulo, criou um comitê para monitorar os casos da doença no estado e avaliar a produção de uma vacina contra a doença. Nos anos 70, o instituto desenvolveu uma versão do imunizante para a varíola humana, doença que foi erradicada na década seguinte. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a mesma vacina tem até 85% de eficácia contra a versão que circula agora, causada pelo vírus monkeypox.


A criação do comitê foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo no último dia 30. Foram nomeados nove especialistas do Instituto, e também da Fundação Butantan. De acordo com a portaria, a medida foi tomada considerando “que desde a cessação da vacinação contra a varíola, se nota uma crescente incidência de casos e surtos relatados” e também a “iminência de um possível surto da referida doença provocada pelo vírus monkeypox”.


O Instituto confirmou a criação do Comitê Contingencial Técnico de Especialistas do Butantan para monitoramento da doença. Em nota, afirmou que, além de avaliar a produção de um imunizante, o objetivo do grupo é apresentar estudos sobre o assunto e propostas para combate ao vírus.

É importante ressaltar que a primeira e mais eficaz medida de saúde pública é a contenção do contágio, por meio do isolamento das pessoas contaminadas - destacou o Butantan.

Subiu para 592 o número de casos de varíola dos macacos (ou monkeypox) confirmados no Brasil, mostram dados do Ministério da Saúde compilados até esta quarta-feira (20). O montante saltou 31,8% em relação ao dia anterior, que acumulava 449 infectados da doença. O total de casos suspeitos passou de 75 para 134 no mesmo período.

A maioria dos diagnósticos se concentra na Região Sudeste, com destaque para São Paulo: sozinho, estado reúne 429 pacientes, o equivalente a 72,4% do total. Em seguida, o Rio de janeiro soma 85 infecções e Minas Gerais, 32.

Só a Região Norte não registra casos de varíola dos macacos até o momento no Brasil. Outros seis estados — Alagoas, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Piauí e Sergipe — também não confirmaram infecções. A pasta já descartou 299 possíveis casos.

Entre os principais sintomas, a pasta alerta para o início súbito de febre, a adenomegalia — inchaço dos linfonodos do pescoço — e erupção cutânea aguda. Segundo a pasta, a disseminação se dá por meio do contato mais próximo com infectados, não sendo de rápida transmissão.

A orientação é isolar casos suspeitos e confirmados da doença, assim como monitorar as pessoas com quem os infectados tiveram contato. Profissionais de saúde precisam comunicar possíveis casos às secretarias de Saúde locais e estaduais, além do próprio ministério, já que a doença é de notificação compulsória.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda o isolamento de pacientes, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) completos para evitar exposição a sangue, fluidos e secreções corporais e a higienização de mãos e de superfícies, além do uso de máscaras. As orientações constam em nota técnica publicada em 31 de maio.

Além disso, a Anvisa recomenda que pacientes não devem doar sangue o fim dos sintomas e até 21 dias depois do início deles. Orientação parecida vale para pessoas que tiveram contato com pessoas ou animais infectados também devem esperar o mesmo prazo.

Fonte: O Sul

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