No total, os cortes de repasses para instituições de ensino federais chega a R$ 4 bilhões
As universidades federais do RS calculam o impacto que a possibilidade de corte nos repasses orçamentários vai causar para as atividades do próximo ano, caso concretizada. Pesquisa, extensão, assistência a alunos e até contas de energia e água são citadas como as áreas a serem afetadas.
Conforme divulgado pela Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o orçamento do governo federal prevê corte de 18,2% no valor destinado às entidades para despesas discricionárias, no ano 2021, o que significa R$ 4 bilhões a menos nas contas das universidades e institutos federais.
Despesas discricionárias são despesas não obrigatórias. Gastos com pessoal, por exemplo, são consideradas obrigatórias. O orçamento ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional.
IFRS
Um dos três institutos federais no estado, o IFRS informa que o corte está previsto em 19,49%, impactando uma projeção já reduzida do orçamento para 2021: são R$ 48,13 milhões previstos, o menor valor desde 2012.
Se o corte for concretizado, serão R$ 11,63 milhões a menos nas contas do instituto. Por outro lado, os 17 campi do IFRS reúnem o maior número de alunos no mesmo período: mais de 24 mil.
"Nas universidades a redução foi linear, de 18,2%. Porém, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) aplicou um critério diferente para distribuição do orçamento da Assistência Estudantil e de investimento, o que fez com que o valor da redução variasse entre as instituições", explicou a instituição.
No IFSul, o patamar de corte também é de 19,49%, comprometendo R$ 10,81 milhões. Para o reitor Flavio Nunes, os efeitos serão "nefastos". "Certamente eles irão incidir na diminuição da oferta de ações que contribuem com a qualidade da educação ofertada. Projetos de ensino, pesquisa e extensão terão que ser adiados", pontua.
Fonte: G1 RS
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