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IFRS Sertão: "Não podemos esperar o colapso chegar no futuro", diz professor sobre abaixo-assinado

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • 4 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Instituição mobiliza a comunidade em busca de melhorias e revisão de portaria federal; Comissão formada por pais, alunos e servidores organiza abaixo-assinado e busca apoio político para evitar colapso nos serviços

O Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) - Campus Sertão enfrenta desafios estruturais e administrativos, mobilizando a comunidade acadêmica e regional para buscar soluções. Uma comissão composta por pais, alunos e servidores iniciou um abaixo-assinado para reivindicar melhorias, sendo um dos principais focos a revisão da portaria 713/2021 do Ministério da Educação (MEC).

Conforme o professor Odair José Spenthof, coordenador do curso técnico em agropecuária e ex-diretor do campus, a situação demanda atenção urgente. “Nosso principal objetivo é corrigir um erro histórico no dimensionamento do campus, que afeta diretamente nossa capacidade de atender os alunos com qualidade. Não se trata de parar as atividades, mas de evitar um colapso no futuro próximo”, destacou em entrevista à Rádio Sideral.

Principais reivindicações do abaixo-assinado

  1. Revisão da portaria 713/2021: Atualizar o dimensionamento do campus como agrícola, permitindo 120 professores e 90 técnicos administrativos.

  2. Disponibilização de vagas para novos servidores: Atendimento adequado às demandas do campus, especialmente na residência estudantil.

  3. Criação de função gratificada: Valorização do responsável pela administração da residência estudantil.

  4. Retomada das obras do ambulatório: Paralizadas desde 2022 por problemas contratuais com a empresa responsável.

  5. Recursos para ampliação da residência estudantil: Construção de mais um prédio para alunas e reformas nos espaços masculinos, que são antigos e necessitam de manutenção.

Situação do campus e perspectivas

O IFRS Campus Sertão, com 67 anos de história, atende cerca de 1.200 alunos de 130 municípios, incluindo 240 em regime de moradia. O déficit de servidores afeta diretamente áreas fundamentais, como assistência social, saúde e suporte técnico. “É humanamente impossível manter a qualidade com os recursos atuais. Temos apenas uma psicóloga, uma assistente social e uma veterinária de 20 horas para atender toda a demanda”, explicou Spenthof.

Além disso, a residência estudantil, essencial para o funcionamento do campus, enfrenta limitações. Atualmente, há capacidade para 240 estudantes, mas a demanda supera esse número. Em função disso, a entrada de novos alunos no curso de agropecuária foi reduzida de 140 para 100 neste ano.

Mobilização da comunidade e apoio político

O abaixo-assinado, disponível até 20 de dezembro, busca coletar o máximo de assinaturas possíveis para pressionar o MEC e autoridades políticas. Segundo Spenthof, é fundamental que a comunidade mobilize deputados, senadores e prefeitos da região para apoiar as reivindicações. “Precisamos que nossos políticos ajam para evitar o colapso do campus. Esta é uma luta apartidária pela educação e pelo futuro da nossa região”, ressaltou.

A reitoria do IFRS também se posicionou favoravelmente às demandas e agendou uma reunião com a comissão para janeiro de 2025, reforçando que a revisão da portaria depende exclusivamente do MEC.

Como participar do abaixo-assinado

O abaixo-assinado está disponível online (acesse o link), onde qualquer pessoa maior de 18 anos pode contribuir com nome e CPF. Além disso, depoimentos de pais, alunos e servidores podem ser conferidos na página, reforçando a importância do movimento.

Com a mobilização, a comissão espera que o IFRS Campus Sertão receba o apoio necessário para superar os desafios e continuar oferecendo educação de qualidade aos jovens do Alto Uruguai Gaúcho e de outras regiões do estado.

  • Ouça a entrevista:


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