Gripe aviária acende alerta para granjas e produtores em todo o Rio Grande do Sul
- Andrei Nardi
- 29 de mai.
- 2 min de leitura
Doença foi confirmada no dia 15 de maio e contida em uma semana; consumo de carne e ovos segue seguro, reforça a inspetoria
O Rio Grande do Sul registrou no dia 15 de maio o primeiro caso confirmado de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade) em uma granja comercial, no município de Montenegro, região metropolitana. Segundo a inspetora veterinária Joline Dalla Vecchia, o foco foi notificado no dia 11 de maio, confirmado pelo laboratório federal em 15 de maio e controlado até o dia 16, com abate total das aves e desinfecção da propriedade.
A partir desse caso, o Brasil perdeu o status de país livre da doença em aves de produção, o que gerou embargos comerciais temporários por parte de alguns parceiros internacionais e bloqueios de exportação para conter a disseminação. Apesar do impacto econômico, a inspetoria reforça que não há risco de transmissão pelo consumo de carne de frango ou ovos.
“O vírus é muito sensível às altas temperaturas, e o consumo dos produtos segue 100% seguro”, esclareceu Joline Dalla Vecchia.
Sintomas e importância da notificação imediata
A gripe aviária apresenta sintomas respiratórios e neurológicos nas aves, como dificuldade respiratória, coriza, olhos úmidos, andar em círculos e perda de coordenação. A inspetoria destaca que produtores devem estar atentos a mortalidades anormais e comportamento estranho nos animais, notificando imediatamente as autoridades sanitárias.
“Estamos prontos para atender qualquer notificação. O tempo de resposta no caso de Montenegro foi reconhecido nacional e internacionalmente como exemplo de excelência”, destacou Joline.
Além do caso confirmado, há nove outras suspeitas em análise no país, incluindo uma em Anta Gorda (RS), que até o momento não tiveram resultado positivo. Segundo a inspetoria, o principal reservatório natural do vírus são aves silvestres, que podem carregar o agente sem apresentar sintomas.
Vigilância permanente e prazo para declaração de rebanho
O serviço estadual de defesa agropecuária realiza coletas e monitoramento rotineiros, em granjas comerciais e propriedades de subsistência, para garantir a sanidade animal e manter a vigilância sobre doenças como influenza aviária e Newcastle.
A inspetoria também reforça que os produtores têm até o dia 30 de junho para entregar a Declaração Anual de Rebanho, necessária para manter em dia o registro das propriedades e evitar sanções. Para mais informações, os produtores podem procurar os postos locais ou entrar em contato pelo telefone (54) 3341-4308.
