Governo anuncia verba para reativar parte dos radares em rodovias federais
- Andrei Nardi
- há 2 dias
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DNIT priorizará trechos com mais acidentes após suspensão que já dura duas semanas; equipamentos em rodovias concedidas seguem ativos
Após a suspensão da fiscalização eletrônica em rodovias federais desde 1º de agosto, o governo federal anunciou a liberação de uma verba emergencial para reativar parte dos equipamentos. A medida é uma resposta à crise gerada por um corte orçamentário que paralisou o Programa Nacional de Controle de Velocidade (PNCV). O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que priorizará a reativação em trechos com maiores índices de acidentes.
A paralisação original afetou 3.887 faixas de monitoramento em todo o país. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Tráfego (Abeetrans), o programa necessitava de R$ 364 milhões para operar, mas recebeu apenas R$ 43,3 milhões na Lei Orçamentária Anual.
Em nota, o DNIT havia classificado a suspensão como temporária, afirmando que buscava soluções para garantir a continuidade das ações de redução de sinistros.
Rodovias concedidas seguem com fiscalização
É fundamental que os motoristas saibam que a desativação atingiu apenas os equipamentos sob responsabilidade do DNIT. Radares localizados em rodovias federais concedidas à iniciativa privada, como a freeway (BR-290), BR-448, BR-101 e BR-386, que no Rio Grande do Sul são administradas pela CCR ViaSul, permanecem funcionando normalmente.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) do estado informou que, enquanto os radares fixos não são totalmente reativados, seguirá reforçando a fiscalização com o uso de equipamentos portáteis e monitorando os reflexos da medida na acidentalidade das estradas.
Para Silvio Médici, presidente da Abeetrans, mesmo com a reativação parcial, a situação ainda é preocupante. “As vias estão sem controle de velocidade. A gente sabe que é quase impossível, pois não há recurso humano para que seja feita uma fiscalização em todos os trechos de rodovias”, concluiu.
