Estudo da Febraban alerta para os perigos desse tipo de fraude, que utiliza canais como telefone e aplicativos de mensagem
Uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que 36% dos brasileiros já foram vítimas ou alvos de tentativas de golpes financeiros. Um dos mais comuns é o golpe da falsa central de atendimento, no qual criminosos se passam por funcionários de instituições bancárias ou empresas conhecidas para obter informações pessoais.
Como funciona o golpe
O golpe da falsa central de atendimento consiste em enganar as vítimas com contatos feitos por telefone, SMS, WhatsApp ou e-mail. Os golpistas se passam por representantes de bancos ou empresas e informam dados pessoais, como o nome completo e a data de nascimento, para convencer a vítima de que o contato é legítimo.
Na maioria das vezes, os criminosos alegam que há um problema com a conta da vítima ou uma movimentação suspeita e solicitam informações sensíveis, como senhas, números de conta, dados de cartão de crédito, códigos de segurança e até QR Codes. Em algumas situações, os golpistas induzem a realização de transferências sob o pretexto de cancelamento de transações fraudulentas.
Estratégias utilizadas
Os métodos de abordagem variam conforme o canal de contato:
Ligação telefônica: O golpista se apresenta como funcionário de uma instituição e informa dados pessoais da vítima, ganhando sua confiança. Em seguida, alerta sobre um problema e solicita informações sensíveis.
WhatsApp, SMS e e-mail: A vítima recebe uma mensagem sobre compras não autorizadas ou tentativas de invasão. Um número de telefone é fornecido para contato, mas, ao ligar, a vítima fala diretamente com o golpista.
A engenharia social por trás do golpe
Em todos os canais, o golpe utiliza técnicas de engenharia social, manipulando a vítima para obter informações sensíveis ao criar uma sensação de urgência e confiança. Essas táticas são comuns em diversos tipos de fraudes financeiras.
Dicas para se proteger
A Febraban recomenda várias medidas para evitar cair nesse tipo de golpe:
Desligue chamadas suspeitas: Se alguém pedir informações pessoais ou bancárias, desligue imediatamente.
Aguarde antes de ligar para o banco: Se desconfiar de uma chamada, espere pelo menos 10 minutos antes de ligar para a central oficial, pois os golpistas podem manter a linha ocupada.
Não instale aplicativos a pedido: Nunca baixe aplicativos solicitados por desconhecidos, pois podem conter malware.
Evite clicar em links: Não clique em links suspeitos enviados por mensagens ou e-mails.
Desconfie de urgências: Verifique sempre a veracidade da situação antes de fornecer qualquer informação.
O que fazer se for vítima
Caso tenha caído no golpe, é essencial agir rapidamente:
Interrompa o contato com o golpista e pare de fornecer informações.
Entre em contato com a empresa verdadeira pelos canais oficiais.
Bloqueie seus cartões e monitore suas contas para detectar atividades suspeitas.
Registre um boletim de ocorrência.
Cuidar da segurança pessoal e financeira requer atenção constante. A Febraban e instituições financeiras incentivam que os clientes se mantenham informados e compartilhem dicas de segurança para fortalecer a rede de proteção contra fraudes.
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