Fumaça causada por incêndios no Brasil e países vizinhos afeta a qualidade do ar e altera a coloração do céu e do Sol em diversas regiões do país
O céu mais cinzento e o Sol com tonalidade avermelhada nos últimos dias, mesmo com tempo firme, são resultado da fumaça das queimadas que atingem Estados brasileiros e países vizinhos, como Argentina, Bolívia e Paraguai. O fenômeno tem sido observado em várias regiões do Brasil, incluindo o Rio Grande do Sul, e traz riscos à saúde e impactos ao meio ambiente.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) indicam que o Brasil registrou 159.411 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 9 de setembro deste ano, a maior marca desde 2010. Esses incêndios formaram um corredor de fumaça que circula de norte a sul do país, gerando o efeito de "espelhamento" que reflete a luz solar na atmosfera e causa o céu acinzentado e o Sol avermelhado, especialmente ao amanhecer e ao entardecer.
Especialistas explicam que a coloração avermelhada do Sol é provocada pela interação dos raios solares com as partículas de fumaça presentes na atmosfera. A previsão é que o fenômeno persista pelo menos até 18 de setembro, enquanto uma onda de calor favorece novos incêndios, mantendo a circulação de fumaça na atmosfera. A chegada de uma frente fria no Rio Grande do Sul no dia 14 trará chuvas, mas não será suficiente para dissipar a fumaça existente.
Para se proteger da fumaça das queimadas é importante seguir algumas orientações para reduzir os riscos à saúde:
Hidrate-se bem: Beba muita água para manter as membranas respiratórias úmidas, o que ajuda a protegê-las de irritações.
Minimize a exposição à fumaça: Fique o máximo possível em ambientes fechados e bem ventilados. Use purificadores de ar ou ar-condicionado se disponíveis. Feche portas e janelas durante os períodos de maior concentração de fumaça.
Evite atividades físicas ao ar livre: Reduza ou evite exercícios ao ar livre, especialmente entre 12h e 16h, quando a concentração de poluentes é mais alta.
Use máscaras adequadas: Máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100 são recomendadas para filtrar partículas finas presentes na fumaça. Máscaras de tecido ou cirúrgicas ajudam, mas são menos eficazes.
Cuidados especiais para grupos de risco: Crianças, idosos, gestantes e pessoas com problemas respiratórios ou cardíacos devem redobrar os cuidados e evitar ao máximo a exposição. Em caso de sintomas como tosse persistente, falta de ar ou irritação nos olhos, é importante buscar atendimento médico imediato.
Avalie a necessidade de sair da área afetada: Dependendo da gravidade da fumaça e dos sintomas apresentados, pode ser necessário considerar sair temporariamente da região afetada, sempre em consulta com um médico.
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