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Fórum do Trigo debate desafios e estratégias para a triticultura durante a Expodireto Cotrijal 2025

Encontro abordou impactos climáticos, manejo do solo e políticas públicas para o fortalecimento da cadeia produtiva

 

O 10º Fórum do Trigo ocorreu na tarde de quarta-feira, 12/03, no Auditório Central da Expodireto Cotrijal 2025, em Não-Me-Toque. O evento reuniu representantes do setor produtivo, especialistas e autoridades para discutir as perspectivas da cultura do trigo no Rio Grande do Sul e no Brasil.

Abertura com representantes do governo e do setor cooperativo

A abertura do fórum contou com a participação do secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi), Clair Tomé Kuhn; do superintendente de Produção Vegetal da Cotrijal, Gelson Melo de Lima; e do gerente de Relações Institucionais e Sindical do Sistema Ocergs/RS e coordenador da Câmara Setorial do Trigo, Tarcísio Minetto.

“Realizar um momento como este durante a feira é uma grande oportunidade de refletir e debater como posicionar a triticultura no estado”, destacou Gelson de Lima.

Durante sua fala, Clair Kuhn ressaltou a importância da Expodireto Cotrijal como ambiente para divulgação de pesquisas e estudos que são incorporados ao planejamento do setor agrícola no estado. O secretário também mencionou a pauta da audiência pública do Senado que será realizada na sexta-feira, 14/03, com foco na securitização.

Impactos climáticos e estratégias para o trigo no Sul do Brasil

O pesquisador da CCGL, Tiago de Andrade Neves Horbe, apresentou a visão da Rede Técnica Cooperativa (RTC) sobre como reduzir os impactos das adversidades climáticas na produção de trigo no Sul do país. Segundo Horbe, apesar do crescimento do cultivo da soja, o trigo permanece com papel central na agricultura regional.

“Independentemente das frustrações, o plantio da soja segue crescendo, mas o trigo é protagonista”, afirmou.

Horbe explicou que, diferentemente da soja, o trigo sofre mais com o excesso de chuvas do que com a estiagem, o que aumenta a imprevisibilidade da produção. Ele destacou a importância de escolher a cultivar adequada e definir corretamente a época de semeadura.

“O que define o potencial produtivo na lavoura é a cultivar e a época da semeadura. O trigo precisa ter cuidado com a chuva e a geada, por isso muitas vezes os resultados são diferentes”, ressaltou.

O pesquisador também abordou a necessidade de gestão de risco diante dos cenários climáticos, como La Niña e El Niño, sugerindo estratégias agronômicas para garantir a rentabilidade das lavouras. Ele chamou a atenção para a importância do período de transição entre a colheita da soja e a semeadura do trigo, considerado um momento crítico para o manejo do solo.

Zoneamento agrícola de risco climático

No segundo momento do fórum, o pesquisador da Embrapa, Alvadi Antonio Balbinot Junior, apresentou informações sobre o Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). A pesquisa, embora tenha utilizado a soja como referência, pode ser aplicada ao trigo, segundo Balbinot.

O pesquisador apresentou sete indicadores utilizados para avaliar a fertilidade e as propriedades do solo. As informações obtidas devem embasar políticas públicas e contribuir para orientar os produtores rurais.

Seguro rural e desafios no acesso à subvenção

Daniel Nascimento, vice-presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), abordou as opções de seguros oferecidas pelas seguradoras privadas para os produtores de trigo, com foco na proteção contra riscos climáticos.

“As principais dificuldades do Rio Grande do Sul são, sobretudo, as perdas acentuadas nas últimas cinco safras, restrições de produtos, coberturas e seguradoras na oferta de seguro, resseguro e plantio tardio. Com isso, falta subvenção”, afirmou.

Nascimento ressaltou a importância de ampliar a cultura do seguro agrícola entre produtores, cooperativas e entidades do setor.

Painel de encerramento com representantes do setor

O painel final foi moderado por Tarcísio José Minetto e Jorge Lemanski, chefe da Embrapa Trigo, e contou com a participação de Hamilton Guterres Jardim. Coordenador da Comissão do Trigo e Culturas de Inverno da Farsul e presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Culturas de Inverno do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Jardim destacou a importância do fórum para fortalecer a articulação de soluções para a triticultura.

“As respostas foram dadas pelos palestrantes. Todos os elos da cadeia convergiram para o cenário atual, mas precisamos ter atenção às alíquotas do Proagro e Pronaf que subiram na região”, alertou.
Foto: Imprensa / Cotrijal
Foto: Imprensa / Cotrijal

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