O desempenho nas exportações de carnes suína e de frango foi oposto na comparação entre janeiro de 2021 e janeiro deste ano. A suinocultura apresentou queda no volume e na receita. Os embarques para o exterior caíram 16,02% em relação ao registrado no ano anterior - de 18,68 mil toneladas para 15,69 mil. O valor das vendas ao exterior alcançou US$ 33,86 milhões, 26,92% menor que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando foram negociados US$ 46,33 milhões.
Já a carne de frango apresentou um resultado positivo de 16,88% nos embarques, alcançando 51,59 mil toneladas, e alta de 33,09% nas receitas, com saldo em dólares que somaram US$ 88,87 milhões. No primeiro mês do ano passado, foram exportadas 44,14 mil toneladas, gerando receita de US$ 66,77 milhões. As informações foram divulgadas pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
No Brasil, ambas as atividades apresentaram resultados positivos. As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 74,6 mil toneladas em janeiro, o que supera em 18,2% os embarques registrados no mesmo período de 2021, com 63,1 mil toneladas.
As vendas internacionais do primeiro mês de 2022 geraram receita de US$ 160,7 milhões, saldo 9,7% superior ao total obtido em janeiro do ano anterior, com US$ 146,5 milhões.
Na avicultura, o levantamento mostra que as exportações brasileiras totalizaram 349,1 mil toneladas, volume que supera em 19,7% os embarques realizados no mesmo período do ano passado, com 291,6 mil toneladas.
O resultado das vendas de carne de frango no primeiro mês deste ano chegou a US$ 616,9 milhões, número 42% superior ao registrado em janeiro de 2021, com US$ 434,4 milhões.
“O bom ritmo dos embarques em janeiro ajudou a reduzir a pressão sobre os custos de produção, que têm impactado severamente a atividade, frente à soma de custos que seguem em alta este ano, como o milho, a soja, embalagens e outros itens. O setor está reforçando o trabalho institucional com campanhas e ações em feiras para ampliar ainda mais as vendas internacionais”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Entre os mercados importadores de carne suína, a China segue como principal destino, com 31,4 mil toneladas importadas em janeiro (-3,5%). Outros destaques são Filipinas, com 4,4 mil toneladas (+569,2%), Argentina, com 4,1 mil toneladas (+58,8%), Singapura, com 3,4 mil toneladas (+40,2%), Uruguai, com 3 mil toneladas (+4,1%), Japão, com 2,1 mil toneladas (+216,7%) e Rússia, com 1,6 mil toneladas (no caso do mercado russo, não há registros comparativos em relação a janeiro de 2021).
“O ano começou aquecido para as exportações de carne suína do Brasil, que aumentaram a sua presença em mercados estratégicos para o setor, como é o caso do Japão e outras nações da Ásia. Há expectativa de incremento das vendas, também, para o Leste Europeu”, analisa Luís Rua, diretor de mercados da ABPA.
A China é também a maior importadora da carne de frango do Brasil e incrementou suas compras em 4,6%, com 48,3 mil toneladas em janeiro. O grande destaque, entretanto, é o segundo principal importador, posto assumido pelos Emirados Árabes Unidos que, em janeiro, importou 42,8 mil toneladas, número 96,6% maior do que o registrado no primeiro mês do ano passado.
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