top of page
logo grupo sideral.png

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Exames anuais previnem cegueira por glaucoma e diabetes, adverte oftalmologista

  • Foto do escritor: Andrei Nardi
    Andrei Nardi
  • há 5 horas
  • 2 min de leitura

Especialista da clínica CODI, detalhou que consultas regulares a partir dos 40 anos e bom controle do açúcar no sangue evitam danos irreversíveis à retina

A pressão ocular elevada do glaucoma e as lesões vasculares da retinopatia diabética são hoje as duas principais ameaças evitáveis à visão, afirmou o oftalmologista Bruno Baldissera Tochetto, da Clínica de Oftalmologia e Dermatologia Integrada (CODI), durante participação no programa Olho Vivo da Rádio Sideral desta terça-feira (27 de maio). O médico explicou que exames específicos feitos uma vez por ano depois dos 40 anos — ou logo após o diagnóstico de diabetes — podem detectar as doenças antes que causem perdas permanentes. “O melhor remédio é a prevenção”, resumiu.

Glaucoma: a perda de visão que avança sem dor

O especialista descreveu o glaucoma de ângulo aberto como “a maior causa de cegueira irreversível no mundo”. Por não provocar dor nem embaçamento inicial, a doença costuma ser descoberta em estágio avançado, quando o campo visual periférico já está comprometido. Bruno relatou encontrar pacientes “em fase terminal” porque nunca mediram a pressão intraocular ou examinaram o nervo óptico. Ele recomendou tonometria e avaliação de fundo de olho anuais para todos a partir dos 40 anos, com início mais cedo em quem tem parente de primeiro grau com glaucoma.

Diabetes e retina: consulta imediata ao receber o diagnóstico

Nas palavras do médico, “todo diabético tipo 2 deve procurar o oftalmologista no momento do diagnóstico”. A glicemia elevada lesiona microvasos da retina, provoca inchaço macular e pode levar ao descolamento da retina. Laser e injeções intraoculares contêm fases iniciais, mas a eficácia depende de glicose controlada:

“Não adianta tratar o olho e deixar o açúcar alto; o tratamento precisa ser sistêmico”, explicou Bruno, lembrando que as mesmas lesões podem atingir rins, pés e coração.

Infância: teste do olhinho ao nascer e avaliação antes dos 7 anos

Bruno explicou que o teste do olhinho, realizado na maternidade, identifica reflexos alterados que podem indicar catarata congênita ou até retinoblastoma. Mesmo crianças sem sintomas devem passar por primeira consulta oftalmológica antes dos sete anos, fase em que tratamentos para estrabismo ou ambliopia têm maior sucesso.

Traumas e produtos químicos: lavar imediatamente e buscar plantão

Queimaduras por limpa-piso, partículas de esmeril ou estilhaços de roçadeira chegam “toda semana” ao consultório, relatou o médico. A conduta inicial é enxaguar abundantemente com água corrente e procurar pronto-atendimento oftalmológico, onde a lavagem com soro pode chegar a quatro litros para neutralizar o pH. “Óculos de proteção não são opcionais, mesmo para uma solda ‘rapidinha’”, reforçou.

Doenças genéticas e raras: retinose pigmentar precisa de acompanhamento

Ao responder a ouvintes, Bruno esclareceu que a retinose pigmentar é uma doença hereditária progressiva, ainda sem cura, que pode levar à perda severa da visão. O acompanhamento periódico, entretanto, previne complicações secundárias como catarata, mantendo a qualidade de vida pelo maior tempo possível.

A entrevista concluiu que consultas de rotina — anuais após os 40 anos, semestralmente para diabéticos instáveis e sempre que houver sintomas ou histórico familiar — são a melhor estratégia para evitar que doenças silenciosas roubem a visão de forma irreversível.

Olho Vivo | 27/05/2025 - Exames anuais previnem cegueira por glaucoma e diabetes, adverte oftalmologista

Comments


VEJA TAMBÉM

bottom of page