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Estudo aponta crescimento do consumo de rádio digital no Rio Grande do Sul, com destaque para plataformas de streaming

Relatório recente destaca que 88% da população gaúcha ainda consome rádio, enquanto plataformas digitais como YouTube e Spotify têm ganhado cada vez mais espaço no estado

 

Um estudo realizado pela Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (AGERT), entre os dias 15 de julho e 1º de agosto de 2024, revelou que o rádio permanece como um dos meios de comunicação mais relevantes no Rio Grande do Sul. O levantamento foi feito com 1.500 entrevistas distribuídas em oito regiões do estado, abrangendo a população com 15 anos ou mais. O resultado mostra que 88% dos gaúchos escutam rádio em algum momento, representando cerca de 7,8 milhões de pessoas. Além disso, foram considerados tanto o rádio tradicional quanto as plataformas digitais e de streaming.

Dispositivos tradicionais lideram, mas digitais avançam com rapidez

O relatório apontou que a maior parte da audiência de rádio ainda ocorre em dispositivos tradicionais, como aparelhos em casa ou no trabalho (63,4%) e no carro (14,5%). No entanto, o consumo via dispositivos móveis, como celulares e smartphones, já atinge 11,4%, e o uso de rádio digital alcança 10,6%. As plataformas de streaming, como YouTube e Spotify, foram destacadas como algumas das mais utilizadas para escutar conteúdo de rádio, especialmente entre os jovens. O YouTube, por exemplo, representa 9% do consumo total de rádio digital entre os gaúchos, com o Spotify somando 12%​​.

Audiência diversificada e hábitos de escuta por faixa etária

A pesquisa também detalhou a diversificação da audiência no estado, abrangendo todas as faixas etárias. O rádio continua a ter uma presença significativa entre os mais jovens: 85,3% das pessoas entre 15 e 24 anos ouvem rádio pelo menos uma vez ao mês, e esse percentual sobe para 86,9% na faixa etária de 25 a 34 anos. O levantamento mostra que o meio atinge de maneira uniforme todas as idades, com destaque para a faixa de 60 anos ou mais, que tem uma adesão de 89,9%.

Em termos de gênero, os números são equilibrados, com uma ligeira predominância masculina entre os ouvintes. Quando analisado por faixa de renda, o estudo mostra que o rádio é igualmente consumido entre diferentes grupos socioeconômicos: 86,5% das pessoas que ganham até dois salários mínimos ouvem rádio, enquanto esse percentual sobe para 90,3% entre aqueles que têm renda familiar entre dois e cinco salários mínimos​.

Crescimento do consumo digital impulsiona o rádio online

O estudo da AGERT também revelou o crescimento contínuo do consumo de rádio via internet. As plataformas digitais, como os aplicativos e sites de emissoras, já respondem por uma parte significativa do tempo de escuta. Entre os usuários dessas plataformas, o tempo médio de audiência chega a 184 minutos por sessão. O rádio online, por meio de assistentes virtuais como a Alexa, redes sociais como Facebook e Instagram, e serviços de streaming de música, está ampliando seu alcance para novas gerações e hábitos de consumo.

Esses números evidenciam a transformação do rádio em um meio híbrido, que mistura o tradicional com o digital. A combinação de plataformas garante que o meio continue a ser relevante, especialmente entre as gerações mais jovens, que preferem formas não tradicionais de escuta. A pesquisa mostra, por exemplo, que 26% dos ouvintes acessam o rádio por meio de computadores, notebooks ou tablets, uma proporção que vem crescendo rapidamente​​.

Confiança e percepção do rádio na sociedade gaúcha

Outro dado relevante do levantamento é a percepção positiva que a população tem em relação ao rádio como meio de comunicação. O estudo aponta que 64,3% dos entrevistados confiam nas informações transmitidas pelas emissoras de rádio, colocando-o à frente de outros veículos, como a televisão (41,5%) e as redes sociais (como Instagram e WhatsApp). Além disso, 77% dos entrevistados consideram o rádio um "companheiro" e 67% disseram que o rádio é um meio essencial em seu dia a dia​.

A confiança também se estende aos comerciais veiculados no rádio. Cerca de 67% dos entrevistados afirmaram confiar nas propagandas que ouvem nas emissoras, e 70% acreditam que as propagandas no rádio são mais confiáveis do que as da internet. Esse dado é significativo para o mercado publicitário, que vê no rádio uma plataforma segura e eficaz para alcançar seu público-alvo​.

Gêneros preferidos e conteúdo mais consumido no rádio

A pesquisa também investigou os conteúdos mais ouvidos pelos gaúchos. Entre os principais gêneros, a música é o mais popular, com 74% dos entrevistados afirmando que costumam ouvir música no rádio. O gênero sertanejo é o favorito, seguido da música gaúcha e do pagode. Além disso, 72% da população declarou ouvir notícias no rádio, e 56% do público masculino mencionou o interesse por futebol e outros esportes​.

Os podcasts também começam a ganhar força no meio, com 27% dos entrevistados afirmando que consomem esse tipo de conteúdo. Esse dado reforça a adaptação do rádio às novas formas de comunicação e consumo de mídia, ao oferecer conteúdos sob demanda para um público mais segmentado e conectado​.

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