Estados do Sul unificam leis contra reidratação de leite e definem protesto em Brasília
- Andrei Nardi

- 28 de nov.
- 2 min de leitura
Bloco criado em Passo Fundo vai pressionar governo federal com ordenha de vacas em frente ao Palácio do Planalto
Produtores rurais e parlamentares do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná definiram a unificação das legislações estaduais para proibir a reidratação de leite em pó e o uso do produto importado na indústria. A decisão foi firmada nesta quinta-feira, 27, durante audiência na Universidade de Passo Fundo (UPF), com a consolidação do Bloco Sul do Leite. O grupo aprovou uma mobilização em Brasília para cobrar medidas do governo federal contra a crise no setor.
O projeto de lei gaúcho, de autoria do deputado Paparico Bacchi, será revisado para seguir o modelo já aprovado no Paraná. A regra paranaense veta totalmente a reidratação de leite importado para qualquer uso industrial ou alimentício. O objetivo é criar uma barreira regional contra a entrada de produtos com preços predatórios, principalmente da Argentina.
"Unimos o Sul para enfrentar um problema que ameaça famílias e a economia regional. Não permitiremos que o leite importado destrua o trabalho do produtor", afirmou Bacchi.
Pressão federal e protesto
O Bloco Sul do Leite estabeleceu uma agenda de cobranças ao governo federal. O grupo enviará ofícios à Presidência da República, Ministério da Agricultura e Casa Civil para exigir compensação financeira direta aos produtores, revisão da Tarifa Externa Comum e mecanismos rigorosos de fiscalização e rotulagem.
Como forma de protesto, foi aprovada uma mobilização na capital federal coordenada pelo deputado paranaense Luís Corti. A ação incluirá a ordenha de vacas em frente ao Palácio do Planalto e ao Congresso Nacional.
"O Paraná mostrou que é possível proteger quem produz. Não aceitaremos que a produção local seja penalizada enquanto o leite importado entra com preços predatórios", disse Corti.
Falhas na legislação atual
O deputado catarinense Altair Silva apontou fragilidades na legislação nacional que favorecem a entrada do produto estrangeiro. "A legislação federal não define limites claros e a Argentina envia volumes enormes de leite em pó com preços impossíveis de serem acompanhados pelos produtores nacionais", explicou.
A produtora rural Letícia Schefer, de Crissiumal, cobrou valorização da categoria. "O trabalho no campo não espera. Queremos respeito, valorização e justiça contra a concorrência desleal", disse.
Prioridade em compras governamentais
O encontro definiu que programas sociais e compras institucionais devem priorizar a aquisição da produção nacional, especialmente da agricultura familiar. O grupo também aprovou a criação de uma comissão interestadual para acompanhar a aplicação das leis e articular ações de incentivo à sucessão familiar e proteção tributária.





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