Brasil: Operação Penalidade Máxima revela organização criminosa no futebol brasileiro
RESUMO DA NOTÍCIA
A Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás, expôs um esquema de corrupção envolvendo jogadores de futebol e apostas esportivas no Brasil. A investigação resultou na denúncia de 15 atletas, que agora enfrentam processos tanto na justiça comum quanto na esportiva. Oito deles foram suspensos preventivamente pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Se comprovado o envolvimento, os jogadores poderão ser condenados de acordo com o Estatuto do Torcedor, com penas que variam de dois a seis anos de reclusão, além do pagamento de multa. Além disso, eles e outros envolvidos podem responder por prática de organização criminosa, com penas de três a oito anos de prisão.
Itália: Fraudes por apostas abalam o Calcio em diferentes momentos
A Itália já teve sua parcela de escândalos de manipulação de resultados no futebol. O primeiro grande caso foi o Totonero, ocorrido na década de 1980. O esquema envolvia a loteria esportiva do país, a Totocalcio, que permitia aos fraudadores lucrarem com resultados arranjados. O escândalo atingiu clubes como Lazio, Milan, Perugia, Palermo e outros, com a comprovação da participação de 18 jogadores no esquema, incluindo o famoso atacante Paolo Rossi. As punições para os jogadores variaram de três meses a seis anos de suspensão, mas muitos retornaram aos gramados após a extinção das penas pela Federação Italiana.
Um segundo caso, conhecido como Totonero 2, ocorreu entre 1984 e 1986 e envolveu dirigentes, jogadores e técnicos. Ao todo, 34 jogadores, 12 treinadores e cinco dirigentes foram punidos com suspensões que variaram de um mês a cinco anos. Nove clubes, incluindo Udinese, Lazio e Perugia, foram penalizados com perda de pontos e exclusão de competições.
Outros dois casos relevantes foram registrados em 2006 e 2015. O primeiro envolveu a Juventus, que foi punida por coação de árbitros, e o segundo teve a participação da máfia Ndrangheta e resultou no rebaixamento do Catania para a Série C.
Inglaterra: Irregularidades menores, mas sem grandes escândalos de apostas
Embora tenha sido o precursor da manipulação de jogos, o futebol inglês não foi palco de grandes escândalos relacionados a apostas. A legislação sobre o assunto está em vigor desde a década de 1960. No entanto, foram descobertas algumas irregularidades menores envolvendo jogadores como Demichelis, Sturridge, Barton e Townsend. As penalidades aplicadas incluíram multas de 22 a 150 mil libras e suspensão do futebol por um ano e meio.
Alemanha: Casos isolados e um escândalo em 2006
Na Alemanha, ocorreram casos isolados de manipulação de resultados, mas o mais significativo aconteceu em 2006. Esse escândalo envolveu quatro árbitros da segunda divisão alemã que atuaram em 13 partidas da temporada. Eles foram cooptados por uma máfia de apostadores croatas e negociaram resultados. O árbitro Robert Hoyzer, principal envolvido, foi excluído do futebol e condenado a dois anos e cinco meses de prisão. Outro árbitro foi impedido de apitar novamente e recebeu uma pena de um ano e meio de prisão. Os outros dois árbitros foram suspensos por três e seis meses, respectivamente.
Embora o futebol seja um esporte apaixonante e amplamente popular, esses casos de manipulação de resultados e apostas esportivas fraudulentas mostram que é necessário um esforço contínuo para combater essas práticas ilegais e preservar a integridade do jogo. Autoridades esportivas, órgãos de investigação e ações conjuntas são essenciais para garantir a transparência e a justiça no mundo do futebol.
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