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Emater avalia impactos das chuvas na colheita e produção agrícola no RS

Perdas na qualidade de grãos e danos em solos exigirão trabalho de recuperação

 

As condições climáticas adversas persistiram na segunda semana de maio no Rio Grande do Sul, afetando negativamente as atividades de campo, principalmente a colheita. Segundo o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), divulgado em 16 de maio, as chuvas menos frequentes permitiram breves períodos para a colheita, apesar da umidade elevada.

Claudinei Baldissera, diretor técnico da Emater/RS, observou uma “redução drástica na qualidade dos grãos de soja” colhidos após o excesso de chuvas. Na safra 2023-2024, o estado cultivou 6,68 milhões de hectares, a maior área já plantada, com 85% das lavouras de soja já colhidas. Muitas lavouras podem ser abandonadas devido à inviabilidade econômica, especialmente nas regiões Centro, Sul e Oeste, onde ainda há extensões significativas a serem colhidas.

Os produtores estão acionando o seguro agrícola e buscando renegociar dívidas com financiadores, diante da expectativa de que a produtividade, inicialmente estimada em 3.329 kg/ha, seja negativamente afetada.

O milho também sofreu perdas quantitativas e qualitativas devido à umidade e doenças, com apenas 88% da colheita concluída. A colheita de milho silagem avançou lentamente, com 92% concluído e uma produtividade projetada de 35.518 kg/ha. As chuvas causaram acamamento das plantas e doenças bacterianas, resultando em perdas significativas.

A colheita do feijão de 1ª safra foi concluída, com uma produtividade de 1.930 kg/ha. A 2ª safra de feijão, com 40% colhida, enfrenta desafios climáticos que devem reduzir a produtividade abaixo dos 1.568 kg/ha esperados.

A colheita do arroz avançou pouco, com 86% da área estimada em 900.203 hectares colhida. A produtividade, prevista em 8.325 kg/ha, pode diminuir após a avaliação das perdas. Silos inundados e danos nas estradas dificultam o transporte do arroz armazenado.

A recuperação dos solos é uma preocupação, pois a estrutura foi “severamente atingida”, afetando a agricultura e a pecuária. Baldissera destaca que os próximos anos serão de recuperação, pois não apenas a estrutura do solo foi perdida, mas também fertilizantes e corretivos foram levados pelas águas. Processos erosivos carregaram a fertilidade do solo, essencial para o desenvolvimento das culturas.

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