Dois policiais militares e gerente de boate são presos por tentativa de homicídio em Erechim
- Andrei Nardi

- 23 de jun.
- 2 min de leitura
Vítima teria saído de casa noturna sem pagar e, após ser atropelada e agredida, ficou tetraplégica; prisões foram realizadas pela Polícia Civil
A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) de Erechim, prendeu três homens, incluindo dois policiais militares da ativa, envolvidos em uma tentativa de homicídio ocorrida na cidade no dia 24 de maio. A vítima, um homem de 45 anos, ficou tetraplégica após ser atropelada e agredida, supostamente por ter saído de uma casa noturna sem pagar a conta.
As prisões ocorreram na última semana. Os dois policiais foram detidos na quarta-feira, 18 de junho, e o terceiro envolvido, gerente do estabelecimento, foi preso na sexta-feira, 20 de junho.
A perseguição e as agressões
Segundo as investigações, os dois policiais militares, de 30 e 33 anos, estariam trabalhando clandestinamente como seguranças na casa noturna no dia do crime. Após a vítima deixar o local a pé, supostamente sem pagar a despesa, ela foi perseguida pelos dois agentes e pelo gerente da boate, de 22 anos.
Os três suspeitos tripulavam um veículo, que era conduzido pelo gerente e foi utilizado para atropelar a vítima. A investigação aponta que, após o atropelamento, o homem ainda foi agredido pelos dois seguranças até perder a consciência.
Uma guarnição da Brigada Militar em serviço foi acionada para prestar socorro, e a vítima foi levada a um hospital de referência. O atendimento clínico constatou uma fratura na coluna, resultando em um quadro inicial de tetraplegia.
Investigação e mandados de prisão
A DRACO iniciou a apuração do caso após ser procurada por familiares da vítima. Os policiais civis coletaram provas, imagens de câmeras de segurança e depoimentos que permitiram esclarecer a dinâmica do crime.
Com base no robusto conjunto probatório, o delegado de polícia titular da DRACO representou pela prisão preventiva dos três acusados. O pedido foi apoiado pelo Ministério Público e deferido pela 1ª Vara Criminal de Erechim.
As prisões e o destino dos acusados
A Polícia Civil comunicou o Comando da Brigada Militar sobre os mandados contra os dois policiais, que foram cumpridos pela própria corporação. Já o gerente da casa noturna foi preso ao se apresentar na sede da DRACO, acompanhado por seu advogado.
Após os trâmites legais, os policiais militares foram conduzidos pela Brigada Militar a um presídio militar em Porto Alegre. O gerente do estabelecimento foi encaminhado ao Presídio Estadual de Erechim. Todos permanecem presos e à disposição da Justiça.









